Quando transferir os embriões?
Uma das questões que os casais colocam durante os tratamentos de fertilidade é o tempo que os seus embriões vão ficar em laboratório até serem transferidos para a cavidade uterina ou até serem congelados (caso a transferência não possa ser realizada nesse ciclo).
Os resultados estatísticos demonstram que ao transferirmos embriões no estado de blastocisto estamos a aumentar as probabilidades de gravidez.
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O número de dias que os embriões ficam em laboratório depende de vários fatores:
1) Quantidade de embriões - se o casal tiver muitos embriões em laboratório poderá ser vantajoso fazer uma cultura dos seus embriões para que seja possível fazer uma melhor seleção dos embriões em função da qualidade e desenvolvimento embrionário. Por outro lado, se o casal tiver poucos embriões em laboratório, poderá preferir transferir-los o quanto antes para evitar que algum deles pare o crescimento;
2) Qualidade dos embriões - se um casal tiver vários embriões de boa qualidade será uma boa opção deixar evoluir estes embriões durante mais uns dias em laboratório para que seja mais fácil escolher os melhores para transferir para a mulher;
3) Nº de ciclos realizados - para um casal que tenha realizado vários tratamentos de PMA sem conseguir gravidez poderá ser importante analisar em que dia de desenvolvimento embrionário foram transferidos os seus embriões, e tentar optar por realizar um ciclo novo mudando o dia em que os embriões são transferidos para a mulher;
4) Realização de diagnóstico Pré -implantacional - nestas situações como os resultados dos testes demoram pelo menos um dia e meio é necessário deixar os embriões em cultura durante alguns dias.
Em resumo, as taxas de gravidez são mais altas quando se transferem embriões em estadios de desenvolvimento mais avançados (idealmente no estadio de blastocisto) contudo, por vezes é arriscado deixar os embriões em cultura no laboratório pois eles podem não sobreviver.
Se estão a pensar realizar um tratamento de fertilidade conversem com o vosso médico sobre a possibilidade de deixar os vossos embriões mais uns dias em laboratório.
Boa sorte!
#blastocistos, #gravidez, #transferenciaembrioes
Cara Drª Sofia,
ResponderEliminarAntes de mais quero louvar a sua atitude em desmistificar alguns dos pontos que mais afligem quem sofre com a infertilidade, tal como eu.
Encontro-me neste momento a preparar a minha primeira TEC após uma pausa de 3 meses devido a hiperestimulação ovárica. Apesar desse período não ter sido fisicamente muito cómodo, foi possível criopreservar 12 embriões.
Foi-me administrada uma injeção de Decapeptyl há 19 dias numa fase não muito definida em termos de ciclo, porque não menstruo espontaneamente e a última vez que tal tinha acontecido fora no início de março, na sequência da punção. No dia da injeção o meu endométrio estava com uma espessura de 5 mm e não tinha folículos com desenvolvimento relevante. Tendo este fármaco uma ação supressora do pico de LH, não era suposto que decorrido todo este tempo a hemorragia de privação se tivesse já manifestado? Gostava de seguir a indicação dada de iniciar Estrofem no segundo dia do ciclo, mas nestas circunstâncias é complicado. Contactei já o hospital para alertar esta situação e deverei aguardar mais alguns dias até receber novas orientações.
Para alguém com amenorreia como eu, não seria preferível usar Provera com controlo ecográfico (para certificar que o ciclo é anovulatório como habitualmente), pois este fármaco resulta comigo na indução de menstruação, em vez do uso de Decapeptyl?
Somente o uso do Estrofem para o espessamento do endométrio (uma vez que estava fino) não seria suficiente dada a ausência de ovulação que normalmente me acontece sempre? Dias antes de fazer a ecografia fora-me dito que possivelmente nem iria ser necessário tomar nada antes de fazer a TEC. Fiquei surpreendida com a opção do Decapeptyl.
Agradeço, desde já, a sua atenção e compreenderei se optar por não responder às minhas questões.