terça-feira, 25 de novembro de 2014

Emoções negativas e fertilidade

A comunidade científica ainda não chegou a conclusões sobre a causalidade direta entre emoções negativas e infertilidade. Ou seja, será que emoções como o medo, a culpa, a insatisfação, a irritabilidade, a frustração, a vergonha, a raiva e a tristeza, influenciam o sucesso da mulher ao tentar engravidar?

De facto, embora ainda não tenhamos a possibilidade de confirmar a causalidade direta entre emoções negativas e infertilidade, sabemos, por outro lado, que estas emoções prejudicam o nosso bem-estar emocional, a nossa autoestima, aquilo que acreditamos sobre nós mesmas, aquilo que julgamos conseguir, o que achamos que merecemos, a nossa capacidade de resistência, a nossa imunidade e, até, a nossa saúde.

Todas as emoções são naturais no ser humano. Todas elas têm uma função. No entanto, quando as emoções negativas persistem e se tornam um standard, passam a ser tóxicas! Intoxicam o nosso cérebro e enchem o nosso organismo de pressão, angústia, stress, ansiedade e até depressão! Sabemos também que as emoções tóxicas, sentidas em permanência, geram sentimentos negativos. Por essa razão, a Psicologia assume que as emoções negativas acabam por nos fazer adoecer! António Damásio, Neurocientista, fala inclusive numa “fisiologia das emoções”, isto é, as emoções passam a sentimentos (“sentir no corpo”) a ponto de, experimentadas repetidamente, nos adoecerem.

Somos os únicos com o poder de criar a nossa vida. Teresa Marta.
Esta “biologia das emoções negativas”, sentidas no corpo, podem pois condicionar de forma negativa a fertilidade. São fatores psicológicos, na maioria das vezes inconscientes, mas muito limitadores. Estes fatores podem explicar, por exemplo, inúmeras situações de casais que sofrem de infertilidade, sem razão física aparente ou declarada. Está tudo bem com a biologia, no entanto, a gravidez não acontece.

Ou seja, na base da infertilidade podem não estar fatores biológicos ou orgânicos, mas fatores emocionais que o nosso organismo somatiza. A ciência alerta-nos, por exemplo, para fatores como o stress e a ansiedade, apontando-lhes a causa da disfunção das funções cerebrais do hipotálamo, o que acaba por alterar a ovulação. Neste mesmo sentido, sabe-se também que o stress altera as funções imunológicas das nossas células refletindo-se na função reprodutiva da mulher.

Como tal, se está a tentar engravidar sem sucesso, antes de aceitar um diagnóstico de infertilidade ou achar que algo de errado se passa consigo, foque-se nas suas emoções, nos seus sentimentos e nos alertas que o seu corpo lhe está a dar.

A cura consciente das emoções é uma base muito, muito, importante no seu caminho para conseguir engravidar. Quando uma mulher aprende a modular o seu stress com eficácia, a sua fertilidade pode alterar-se! Para melhor.
Não deixe que as emoções negativas a derrotem, na vida que tanto deseja criar!

Teresa Marta
Autora: Mestre em Relação de Ajuda - Psicoterapia Existencial e autora do blog http://teresasemmedo.blogspot.pt/

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

BARRIGAS DE AMOR®​ ​| ESPECIAL NATAL ​

Já têm planos para o próximo fim de semana?

Marquem já na vossa agenda o encontro do BARRIGAS DE AMOR®​ ​| ESPECIAL NATAL ​no próximo sábado dia 29 de​ ​novembro, no Convento do Beato, em​ ​Lisboa das 10h às 19h. Este evento dedicado ao NATAL vai ser composto por diversas workshops para toda a família e vai contar com a presença do Dr. Mário Cordeiro que nos vai explicar como "Educar com Amor" e a Filipa Sommerfeld Fernandes que nos vai falar sobre “O sono do bebé”.

Este evento vai promete muito animação para os mais pequenos e para quem ainda não fez as compras de Natal pode consultar as marcas de moda infantil, puericultura e brinquedos!

Não faltem!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Diminuição da fertilidade feminina: quando e porquê.

Todos sabemos que à medida que a mulher envelhece a sua capacidade reprodutora começa a diminuir. Sabem porquê?

Redução da quantidade de ovócitos

A mulher, ao contrário do homem, não produz ovócitos ao longo da sua vida. Ela nasce com aproximadamente 1 a 2 milhões de ovócitos e a grande maioria desses ovócitos vai degenerando (morrendo) ao longo do tempo. Quando chega à puberdade tem entre 300 000 a 500 000; por volta dos 37 anos tem aproximadamente 25 000 e quando chega aos 51 anos pode ter ainda 1 000 (altura em que geralmente as mulheres tem a menopausa). Ou seja, a quantidade de ovócitos disponíveis para gerar um embrião é cada vez menor! Apesar destes números nos parecerem astronómicos, e até podermos pensar que são suficientes para obter gravidez (dado que para gerar um embrião basta apenas um ovócito!), devemos ter em conta que em cada ciclo menstrual são "gastos" vários ovócitos mas apenas um será libertado… há inclusive mulheres que "gastam" vários ovócitos num ciclo menstrual e não chegam sequer a ter ovulação!

De facto, a grande maioria das mulheres com idade superior aos 40 anos que realiza tratamentos de fertilização in vitro, apresenta uma baixa reserva ovárica e em geral quando realiza ciclos de reprodução assistida são poucos os ovócitos que conseguem produzir.

Diminuição da qualidade ovocitária

Outra das causas principais para a perda da fecundidade da mulher é a diminuição da qualidade dos ovócitos produzidos. Esta diminuição começa a sentir-se de forma gradual por volta dos 32 anos e a qualidade dos ovócitos decresce de forma abrupta a partir dos 37 anos. Esta perda de qualidade traduz-se por um aumento da hormona FSH no sangue, e uma diminuição dos níveis da hormona antimulleriana e da inibina B. Razão pela qual é importante fazer um doseamento destas hormonas para avaliar a função ovárica (principalmente a anti-mulleriana também conhecida como HAM ou AMH). 

Ou seja, a diminuição da quantidade de ovócitos e a perda da qualidade dos mesmos conduzem ao declínio da fertilidade feminina com o envelhecimento.

Um estudo feito recolhendo dados vários países sobre a fecundidade das mulheres casadas que não usavam qualquer método anticonceptivo veio corroborar o declínio da fertilidade com a idade da mulher. No gráfico obtido (fig 1), em que está representada a taxa de fecundidade das mulheres casadas em função da idade da mulher,  pode-se observar, que existe um declínio "suave" da fecundidade entre os 32 e os 36 anos e que aproximadamente a partir dos 36 a fecundidade cai de forma abrupta!  
Fonte:  1986 Sep 26;233(4771):1389-94.


Por outro lado, convém mencionar que à medida que a mulher envelhece aumenta também a probabilidade de aparecerem outros factores de risco que podem comprometer a sua fertilidade: doenças nas trompas de Falópio, endometriose, etc.




Resumindo, é muito importante que os profissionais de saúde informem as suas pacientes nas consultas de planeamento familiar sobre o declínio da fecundidade com a idade.
Também é importante que as mulheres com idade superior a 36 anos sejam avaliadas após 6 meses de tentativas falhadas para engravidar e que as mulheres com idade superior a 40 anos sejam avaliadas quando pretenderem engravidar.


#fertilidade, #fertilidadefeminina #diminuicaofertilidade
                                                           


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Fecundação in vitro - à procura do 2º filho

Felizmente são muitos os casais que são bem sucedidos com as técnicas de Fertilização in vitro e que algum tempo depois do primeiro filho nascer resolvem novamente fazer tratamento para aumentar a família.

Penso que a procura deste segundo filho é mais tranquila. Os casais já se encontram mais confiantes, já conhecem todo o processo e sobretudo já sabem que funciona! Por outro lado estão mais relaxados e não estão tão focados no tratamento pois têm que cuidar o primogénito. Muitos inclusive nos contam que apesar do desejo de serem novamente pais ser muito grande, já ficariam mais conformados caso o tratamento para o 2º filho não funcionasse.



É necessário novo tratamento?
Alguns desses casais não necessitam de fazer um tratamento de fertilização completo, isto é, a mulher não necessita de se submeter a uma nova estimulação e inseminar os ovócitos pois o casal ainda tem embriões congelados do tratamento anterior. Nesses casos é necessário apenas a preparação do endométrio (tecido que reveste a cavidade uterina) para que o útero esteja apto a receber os embriões e programar a transferência dos embriões que estavam criopreservados.


E quando é necessário novo tratamento ...
Caso a mulher tenha que fazer nova estimulação, pode dizer-se também que do ponto de vista médico este passo também é geralmente mais fácil. O caminho já foi traçado e em geral o médico tenta copiar o protocolo de estimulação dos ovários utilizado no tratamento anterior. Convém alertar que por vezes a resposta dos ovários pode não ser a mesma, de facto a idade da mulher já não é a mesma. Esta situação depende muito da idade com que a mulher teve o primeiro filho e de quanto tempo esperou para fazer um novo tratamento. Como sabem a reserva ovárica e a qualidade dos ovócitos começa a diminuir por volta dos 35 anos.

No que respeita ao processo in vitro também para nós biólogos, este segundo tratamento é mais fácil. Nesta fase tentamos utilizar as mesmas técnicas que funcionaram no primeiro tratamento. Já não hesitamos se fazer ICSI ou FIV convencional, se fazer a transferência do(s) embriões ao terceiro dia ou deixa-los em cultura até ao quinto dia em laboratório. Tentamos repetir os procedimentos utilizados.

Em resumo: a procura do 2º filho costuma em regra ser mais tranquila e bem sucedida! No entanto não há garantias de que o tratamento FIV funcione à primeira! Devo alertar que depende de muitos factores entre eles da causa de infertilidade do casal e da idade da mulher!

Se querem ter mais do que um filho consultem o vosso médico para saber quanto tempo podem/devem esperar para começar novo tratamento de fecundação in vitro.
Boa sorte!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Vantagens da transferência de blastocistos

Quando um casal faz um tratamento de Fertilização in vitro, nem sempre é fácil decidir qual o melhor dia do desenvolvimento embrionário em que devem ser transferidos os embriões para a cavidade uterina. Habitualmente os embriões são transferidos ao segundo ou ao terceiro dia de vida (ainda na fase de células). Volto a mencionar este tema porque cada vez são mais os estudos publicados a descreverem taxas de gravidez e implantação mais elevadas quando são transferidos blastocistos para a cavidade uterina. Para aqueles que não sabem ou queiram recordar o que é um blastocisto podem faze-lo aqui. 


Os mesmos estudos que referem que ao deixar os embriões em cultura em laboratório durante mais dias até ao estadio de blastocisto apresenta inúmeras vantagens:

1) Minimizar o tempo de exposição do embrião ao ambiente uterino que foi hiperestimulado
Ao fazer a transferência ao quinto ou ao sexto dia após a punção ovárica permite reduzir a exposição do embrião às hormonas utilizadas durante a estimulação dos ovários. Desta forma o organismo materno tem tempo para ir eliminando estas hormonas.


2) Melhor sincronização entre a fase do ciclo embrionário e o momento da transferência dos embriões para a cavidade uterina 
Recordo que o ovócito é fecundado na trompa de Falópio e depois, ao longo do seu desenvolvimento vai migrar pelas trompas até chegar ao útero. Enquanto se encontra nas trompas o embrião está na fase celular, e quando chega ao útero já está na fase de blastocisto;

3) Melhorar a seleção dos embriões para transferir para o útero materno;
Quantos mais tempo os embriões ficam em laboratório mais informações podemos colher acerca do seu desenvolvimento e portanto temos mais dados para escolher os embriões com maior potencial de implantação.

4) Aumentar a possibilidade de criopreservar os embriões.
Embriões que ao terceiro dia de vida não teriam qualidade para serem congelados, muitas vezes evoluem até ao estadio de blastocisto podendo nessa altura serem criopreservados.


Sem dúvida que a transferência de blastocistos é uma ótima opção de tratamento. Contudo, também apresenta algumas desvantagens - a principal é que muitos dos embriões não conseguem desenvolver-se até blastocisto em laboratório, podendo nessas situações o casal não ter embriões viáveis para transferir.

Converse com o seu médico, e pergunte-lhe se no seu caso valerá a pena deixar os seus embriões em cultura por mais tempo em laboratório.
Boa sorte!

#blastocisto
#transferênciaembrionária




sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Atriz desiste de tratamento de infertilidade

Não gosto de comentar a vida das outras pessoas mas achei que podia ser interessante divulgar a entrevista a Paula Neves (atriz) que foi publicada na revista Lux desta semana.

A atriz revela que desistiu dos tratamentos de infertilidade por não aguentar a pressão e o stress que estes tratamentos causam. A atriz refere que estes tratamentos interferem com o equilíbrio hormonal, com o sistema nervoso, com o equilíbrio psicológico e emocional e até com a vida sexual... Segundo ela "é preciso muita força, garra e motivação para entrar neste universo e fazer o que é necessário para atingir o objetivo. Nós não queremos assim tanto..."

A atriz de 36 anos, casada há 10 começou há 4 anos a tentar ter filhos e ao final dos 2 anos consultou ajuda médica. Pelo que refere na entrevista, o casal realizou apenas tratamentos de inseminação intrauterina não tendo avançado para a fecundação in vitro.

Achei importante esta entrevista (que aparece na primeira capa da revista Lux) pois acaba por estar ao alcance de todos. A Paula Neves é uma atriz simpática e querida do público português e ao expor assim a sua vida pessoal acaba por conseguir sensibilizar mais pessoas acerca dos tratamentos de infertilidade. Na entrevista a Paula não teve "pápas na língua" e acabou por contar as suas angústias e preocupações. Obrigada pela coragem de expôr um problema de muitas mulheres e de muitos casais. Pode ser que desta forma frases como "não dás um filho ao teu marido" acabem por não serem ditas!

Vale a pena ler !


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Dicas para ultrapassar as emoções negativas da infertilidade

A Teresa Marta, mestre em Relação de Ajuda - Psicoterapia Existencial e autora do blog teresasemmedo, que eu sigo habitualmente, envia-nos umas dicas sobre como ultrapassar as emoções negativas da infertilidade. Sem dúvida é um aspecto muito importante para qualquer casal quando realiza um tratamento de infertilidade. Espero que gostem tanto como eu! Vale a pena ler! 

1. Não se envergonhe das suas emoções! Se sentir culpa, raiva, medo ou tristeza, assuma-as. Verbalize o que sente!  

2. Não se foque em exemplos familiares de sucesso no que respeita à facilidade de engravidar. O seu caso é único. Você é singular. Não está condenada à partida. Tudo é possível!

3. Confie no processo da vida. Confie que tudo o que está a acontecer tem um propósito. Confie que, aconteça o que acontecer, você vai conseguir dar a volta por cima.

4. Não se avalie em demasia. Você é humana. Não permita que a encaixem em métricas e escalas de aferição. Esqueça as percentagens de insucesso. Mais uma vez, recorde que é singular. Quem lhe diz que tem de pertencer às estatísticas negativas?

5. Evite conversas com pessoas focadas na sua infertilidade. Não ceda a perguntas nem a observações que a desgastam e a colocam em stress e com medo.

6. Não se perca na internet a pesquisar informação sobre “o seu caso”. Se o fizer procure pesquisas pela positiva. Foque-se em exemplos de sucesso.

7. Faça uma descrição exaustiva do seu estilo de vida (profissão, hábitos alimentares, medicação, exercício, horas de sono, hora de deitar-se). Inclua na lista pessoas e situações que sugam a sua energia anímica. Identifique o que pode libertar, o que já não lhe dá bem-estar, nem a faz feliz! Por vezes, basta esta libertação para que se sinta apaziguada e engravide!   

8. Evite focar a sua energia na vertente “infertilidade”. Lembre-se que aquilo em que nos concentramos cresce!

9. Crie um caderno de reforço pessoal! Escreva tudo o que já conseguiu. Leia este caderno sempre que se sentir a fraquejar.

10. Aprenda que está a fazer o melhor que pode, com as condições e o conhecimento que tem neste momento. Acalme o seu coração. Confie na sua capacidade inata de renovação.

TeresaMarta

Obrigada Teresa! 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Maternidade ganha medalha de alta competição!

Fiquei maravilhada com as notícias sobre Sara Moreira a portuguesa vencedora da medalha de bronze na última Maratona de Nova Iorque. Sara está de parabéns pelo seu desempenho na prova mas está também de parabéns porque foi mãe recentemente. Esta atleta não foi a primeira em provar que a maternidade apesar de obrigar a uma pausa na vida da mulher não impede que as atletas retomem a sua atividade desportiva. Muitas das atletas referem que os filhos são uma estimulação e lhes dão "força extra" para não desistirem de atingir os seus objetivos.



Creio que qualquer mulher após a maternidade acaba por dar mais valor ao tempo. É fundamental saber gerir bem os minutos pois estes escasseiam. Os filhos acabam acabam por nos absorver muito e infelizmente no país em que vivemos ainda não existem suficientes medidas que apoiem as famílias.

Como portuguesa e mãe, sinto-me orgulhosa desta atleta!
A Sara está sem dúvida de parabéns pelo resultado e pelo desempenho que demonstrou!

Se quiserem saber mais leiam os artigos do DN e do Público. Vale a pena!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Infertilidade

A infertilidade é uma doença do sistema reprodutor que se caracteriza pelo facto de um casal não conseguir obter uma gravidez a termo após 12 meses de relações sexuais desprotegidas. Há muito que este problema apareceu na espécie humana, contudo, foi no final do século passado que se deram os maiores avanços nesta área e surgiram algumas das técnicas de Procriação Medicamente Assistida.

A Procriação Medicamente Assistida (PMA) diz respeito a todos os tratamentos de fertilidade que incluem a manipulação de espermatozóides ou ovócitos no laboratório (ou seja, in vitro) e que têm como objetivo final a obtenção de uma gravidez.


Segundo as leis portuguesas as técnicas de PMA permitidas são: 

1) Inseminação artificial (com sémen do parceiro ou de dador)

2) Fertilização in vitro

3) Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)

4) Transferência de embriões, gâmetas ou zigotos

5) Diagnóstico genético pré-implantação

6) Outras técnicas laboratoriais de manipulação gamética ou embrionária equivalentes ou subsidiárias


Em Portugal apenas podem recorrer a tratamentos de PMA pessoas de sexo oposto casadas ou que vivam em união de facto há pelo menos 2 anos. Estas mesmas técnicas são um método subsidiário e não alternativo de procriação pelo que apenas podem recorrer a elas casais com diagnóstico de infertilidade ou com risco de transmitirem alguma doença genética grave para a descendência ou alguma doença infecciosa.

Em Portugal é permitido os casais recorrerem à doação de gâmetas (ovócitos e espermatozóides) e de embriões. Não é permitido tratar mulheres solteiras nem a utilização de útero de substituição.

As leis de PMA variam de pais para pais, sendo o exemplo a nossa vizinha Espanha cuja lei é semelhante com exceção de que é permitido às mulheres solteiras recorrerem a estas técnicas.

#infertilidade, #transferenciaembriões, #fiv, #icsi





segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Quando transferir os embriões?

Uma das questões que os casais colocam durante os tratamentos de fertilidade é o tempo que os seus embriões vão ficar em laboratório até serem transferidos para a cavidade uterina ou até serem congelados (caso a transferência não possa ser realizada nesse ciclo).


Os resultados estatísticos demonstram que ao transferirmos embriões no estado de blastocisto estamos a aumentar as probabilidades de gravidez.

O número de dias que os embriões ficam em laboratório depende de vários fatores: 

1) Quantidade de embriões - se o casal tiver muitos embriões em laboratório poderá ser vantajoso fazer uma cultura dos seus embriões para que seja possível fazer uma melhor seleção dos embriões em função da qualidade e desenvolvimento embrionário. Por outro lado, se o casal tiver poucos embriões em laboratório, poderá preferir transferir-los o quanto antes para evitar que algum deles pare o crescimento; 

2)  Qualidade dos embriões - se um casal tiver vários embriões de boa qualidade será uma boa opção deixar evoluir estes embriões durante mais uns dias em laboratório para que seja mais fácil escolher os melhores para transferir para a mulher;

3) Nº de ciclos realizados - para um casal que tenha realizado vários tratamentos de PMA sem conseguir gravidez poderá ser importante analisar em que dia de desenvolvimento embrionário foram transferidos os seus embriões, e tentar optar por realizar um ciclo novo mudando o dia em que os embriões são transferidos para a mulher; 

4) Realização de diagnóstico Pré -implantacional - nestas situações como os resultados dos testes demoram pelo menos um dia e meio é necessário deixar os embriões em cultura durante alguns dias.
Em resumo, as taxas de gravidez são mais altas quando se transferem embriões em estadios de desenvolvimento mais avançados (idealmente no estadio de blastocisto) contudo, por vezes é arriscado deixar os embriões em cultura no laboratório pois eles podem não sobreviver.

Se estão a pensar realizar um tratamento de fertilidade conversem com o vosso médico sobre a possibilidade de deixar os vossos embriões mais uns dias em laboratório. 
Boa sorte!

#blastocistos, #gravidez, #transferenciaembrioes

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