domingo, 29 de junho de 2014

O país que menos ajuda as mães

Vi um artigo publicado no jornal Publico e não quis deixar de partilhar.
Segundo um estudo europeu, os países do Sul da Europa (entre os quais Portugal) são os países onde pelo menos 40% dos avós tomam contam dos netos menores de seis anos enquanto os pais estão a trabalhar. De acordo com os autores do estudo, a explicação deste facto deve-se às baixas prestações sociais pagas aos pais quando estes ficam em casa a cuidar dos filhos mas também à falta de creches e oportunidades para que as mães trabalhem apenas a tempo parcial.

O estudo adverte também para o problema que a nossa sociedade vai ter se for aumentado o tempo para a reforma uma vez que vai impossibilitar a ajuda dos avós na prestação de cuidados aos netos.

Achei interessante este artigo, mas confesso que não fiquei surpreendida com o seu conteúdo. Nos dias que correm é muito difícil não recorrer à preciosa ajuda dos avós nem que seja por um par de horas para cuidarem dos netos. Penso, que caso seja possível os avós não devem ser responsabilizados pela tarefa de cuidar diariamente os netos e por essa razão creio que será importante que os governantes tomem consciência dos problemas atuais da nossa sociedade que dificultam a vida familiar e que podem pôr entraves ao aumento da mesma. Sem dúvida que este também é um problema a ser resolvido para ajudar a fomentar a natalidade.

Quero também acrescentar que acho importantíssima a participação dos avós na vida dos netos. Só eles sabem deseducar e mimar os netos como ninguém! Eu ainda hoje recordo com enorme saudade o tempo que passava com as minhas avós! Foram magníficos… e o que elas me ensinaram!

*imagem: http://jaime-dulceguerrero.com/los-abuelos-y-sus-adorados-dulces-guerreros/#axzz35yiZtZ2q

sábado, 28 de junho de 2014

As mulheres que são mães depois dos 33 são em geral as que vivem mais tempo

Achei interessante um artigo publicado pela revista Menopause: The Journal of the North American Menopause Society na edição deste mês, que correlaciona a idade em que as mulheres têm filhos com o número de anos que estas mulheres vão viver.

O estudo foi publicado pelo grupo do Dr. Thomas Perls da Boston University School of Medicine (BUSM) e que teve por base a análise de dados da Long Life Family Study que contém dados de saúde, sociais e genéticos de 551 famílias cujos membros viviam até muito tarde. Esta base de dados foi iniciada nos anos 90 e contém dados de 462 mulheres. Para este estudo, foram anotadas as idades em que as mulheres tiveram o último filho e até que anos viviam. Os investigadores puderam observar que as mulheres que eram mães depois dos 33 anos tinham o dobro da probabilidade de viver até aos 95 anos comparativamente com aquelas mulheres que tinham os filhos antes dos 30.

Uma mulher que tenha capacidade de ter filhos mais tarde significa que o seu sistema reprodutivo está a envelhecer devagar e provavelmente o seu corpo também pelo que ela terá maior chance de viver mais tempo. Provavelmente as variantes genéticas que permitem as mulheres ter filhos mais tarde podem ser as mesmas que permitem o aumento da longevidade e que também evitam o aparecimento de doenças relacionadas com a idade como os acidentes cardiovasculares, cancro e diabetes.

Com este estudo também foi sugerido que a mulher poderia ser a responsável por transmitir os genes da longevidade aos seus filhos o que explicaria porque é que 85% das pessoas que vivem mais do que 100 anos são mulheres.

Atenção que este estudo não se refere a mulheres que tenham realizado tratamentos de fertilidade e não pretende muito menos incentivar as mulheres a ter filhos mais tarde!


Fonte: creative commons

A minha questão: hoje em dia as mulheres têm filhos cada vez mais tarde, quererá isso dizer que a nossa geração vai viver mais anos comparativamente com a geração dos nossos pais? Talvez sim...


#gravidez


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Corrida 10k UNICEF Sport Zone


No próximo dia 6 de Julho em Lisboa terá lugar a corrida 10k UNICEF Sport Zone em Lisboa. Uma fantástica iniciativa cujas receitas revertem 100% para a UNICEF em benefício das crianças mais carenciadas do mundo.
 
Serão duas provas, uma corrida de 10 Km, para atletas federados e não federados nascidos em 1996 e anos anteriores e uma caminhada de 3 Km destinada a todas as classes etárias e sem fins competitivos. As duas provas terão saída em Entrecampos e chegada na Praça dos Restauradores.
 
Consulte toda a informação sobre a Corrida 10K UNICEF, no site oficial da prova: 10klisboa.pt
 
Independentemente do nosso estado de forma, vamos todos participar na corrida 10k UNICEF Sport Zone, no Domingo, dia 6 de Julho em Lisboa e ajudar a UNICEF!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Saiba qual a importância da água nos tratamentos de fertilidade, na gravidez e no pós-parto

São inúmeras as vantagens de beber água. O nosso organismo é composto por 60  a 75% de água e portanto ela desempenha inúmeras funções. É importante não esquecermos de ingerir água no nosso dia-a-dia mas em quantidades adequadas! O ideal seria 1,5 litros por dia.


Durante os tratamentos de fertilidade, na gravidez e no pós-parto a água também assume um papel importantíssimo. Deixo-vos uma lista dos seus benefícios:

1) A água ajuda a manter os níveis hormonais

2) Ajuda a eliminar toxinas

3) Ajuda a melhorar a circulação sanguínea

4) Ajuda a melhorar a qualidade do muco cervical

5) Melhora a qualidade ovocitária

6) Ajuda a produzir mais leite e a fluidificar as secreções mamárias

7) Ajuda a prevenir problemas de fígado e de rins que podem ocorrer durante a gravidez

8) Previne a desidratação

9) Previne os partos prematuros

10) Previne a prisão de ventre

11) Ajuda a manter a pele fresca e hidratada

12) Ajuda a emagrecer

Acho que não necessitamos de mais nenhum motivo para começar a cuidar da nossa saúde e beber água nas quantidades adequadas!

Vai um copo com água?


Fonte: creative commons
#água, #alimentação, #fertilidade. #gravidez

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Mensagem de Pessoa...

Mar Português

"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."

Fernando Pessoa

Simplesmente adoro este poema! Transmite uma mensagem de otimismo e perseverança! E faz-nos recordar que para atingir algumas metas são necessários esforços e muitos deles resultantes de escolhas difíceis... mas e valem a pena? Tudo vale a pena...

Fonte: creative commons
Tenham um bom dia, e não se esqueçam: as vossas decisões, os vossos esforços servem para chegar aos vossos objetivos mesmo que por vezes pareçam não ter tido o resultado desejado ...

terça-feira, 24 de junho de 2014

Diminuição da fertilidade: possíveis causas

Existem vários fatores que podem levar a uma diminuição da fertilidade de um casal. Deixo-vos uma pequena lista para que saibam quais são eles: 

- A Idade. Sabe-se no entanto que a idade da mulher é o fator que tem maior influência no decréscimo da fertilidade, especialmente após os 40 anos, verificando-se uma probabilidade de gravidez de inferior a 15%. Relativamente à idade masculina, não existe nenhum consenso relativamente a partir de que idade a fertilidade se vê diminuída, no entanto sabe-se que com o passar dos anos, a frequência das relações sexuais vai diminuindo devido ao aumento das disfunções erécteis e à diminuição da líbido masculina.

- Obesidade. Também neste caso, a obesidade feminina parece afetar mais a fertilidade do casal. O excesso de peso pode conduzir a problemas com a ovulação e até mesmo a ciclos menstruais irregulares. Além disso, verifica-se também que as mulheres obesas ou com excesso de peso, quando realizam tratamentos de fertilidade e mais concretamente, quando os seus ovários são estimulados, estas produzem menos ovócitos comparativamente com as mulheres com peso adequado. Estas mulheres necessitam de maiores doses de medicação, e apresentam um risco aumentado de complicações na punção folicular. Há vários estudos publicados que indicam que a redução do peso beneficia a saúde reprodutiva do casal, em especial a da mulher.

Fonte: creative commons
No caso masculino, o excesso de peso pode conduzir a níveis mais baixos de testosterona, a um aumento da temperatura dos testículos (que é o local onde se encontram os espermatozoides) e a maior propensão a sofrerem de disfunção eréctil. 

- o consumo de tabaco tem um impacto muito grande nos órgãos reprodutivos (e não só!). As mulheres fumadoras apresentam em geral uma maior incidência de falência ovárica precoce (que leva a uma menor produção de ovócitos) e portanto quando realizam tratamentos de fertilidade, necessitam tomar mais medicação durante a estimulação dos ovários. A qualidade dos ovócitos destas mulheres também é geralmente afetada e as taxas de gravidez após tratamento de fertilização são significativamente mais baixas do que as taxas das mulheres não fumadoras. Observa-se também uma maior incidência de abortos. 

Relativamente aos efeitos produzidos no parceiro masculino, observou-se que o consumo do tabaco está associado a uma diminuição de 20 a 30% no volume do ejaculado e na diminuição da concentração e mobilidade dos espermatozoides. 
Recomenda-se que os casais deixem de fumar pelo menos 6 meses antes do início de um tratamento de fertilidade

- o consumo de álcool. Embora ainda não se saiba ao certo quais as quantidades de álcool necessárias para provocar efeitos adversos na fertilidade de um casal, sabe-se que o álcool afeta a fertilidade feminina e masculina. Na mulher produz alterações ovulatórias, alterações na fase lútea e alterações da implantação dos embriões. No homem o álcool pode ser responsável por provocar impotência, atrofia testicular, diminuição da líbido e diminuição dos parâmetros espermátivos.

- o consumo de drogas. Nas mulheres, o consumo de drogas parece estar associado a alterações da ovulação e problemas tubáricos. Nos homens podem afetar a mobilidade dos espermatozóides.

- frequência das relações sexuais. É importante que os casais tenham relações sexuais especialmente perto do período da ovulação (aproximadamente 14 dias após o início da última menstruação).

- Stress. Cada vez mais é dada importância às condições psíquicas do casal e cada vez mais se vêm os benefícios do apoio de um psicólogo clínico durante os tratamentos de fertilidade. É muito importante que o casal esteja tranquilo, que se apoie mutuamente e que fortaleça a sua autoestima.

- Infeções sexualmente transmissiveis. Algumas doenças como a Chlamydia trachomatis e a Neisseria gonorrhoea são os principais responsáveis por problemas na trompas de Falópio, nomeadamente podem ser causadoras de obstrução. 

O uso do preservativo é muito importante pois pode evitar a transmissão destas doenças.

Estes são alguns dos fatores que podem explicar a diminuição da fertilidade. Alguns deles podem ser eliminados e isso pode ser o suficiente para que o casal consiga obter uma gravidez e ter um bebé saudável.

#diminuicaofertilidade, #fertilidade, #infertilidade



quinta-feira, 19 de junho de 2014

A obtenção dos ovócitos

Quando um casal ouve pela primeira vez falar em tratamentos de fertilidade, e no modo como é feita a estimulação dos ovários e a obtenção dos ovócitos, muitas vezes fica com receio deste tipo de procedimento pelo que achei importante descrever alguns dos aspetos mais importantes.

Um tratamento de procriação medicamente assistida, começa geralmente pela estimulação dos ovários da mulher com o objetivo de que esta produza mais folículos e portanto mais óvulos para serem fecundados. Durante esta etapa, a mulher tem que seguir um plano de medicação traçado pela equipa médica que geralmente envolve a administração hormonas injetáveis todos os dias. Ao longo desses dias que são em média entre 10 a 14, a mulher deve visitar várias vezes o centro de procriação medicamente assistida para fazer o controlo ecográfico do crescimento dos folículos e também fazer análises de sangue para medir os níveis de determinadas hormonas. 

Quando o médico achar que os folículos estão suficientemente crescidos programa a punção folicular que é o procedimento que permite retirar os ovócitos da mulher. 

A punção folicular é geralmente feita mediante uma ligeira sedação ou anestesia local e mulher não sente absolutamente nada. Este procedimento é realizado mediante ecografia, e consiste na punção dos vários foliculos. À medida que os foliculos vão sendo aspirados, o líquido folicular vai sendo colocado num tubo de ensaio que vai para o laboratório de fertilização in vitro, onde é feita a identificação dos ovócitos e estes são preparados para mais tarde serem inseminados. A anestesia é tão ligeira que permite que a mulher recupere e vá para casa passadas umas horas. Nesse dia não é recomendável voltar ao trabalho e é importante que a mulher esteja acompanhada em casa.

Legenda:  Punção folicular. É realizada com ecografia. Os folículos são puncionados com uma agulha, e o líquido folicular é aspirado e recolhido para um tubo de ensaio que vai para o laboratório de fertilização in vitro onde é feita a identificação e separação dos ovócitos. Fonte da foto: Schering- Plough.
A mulher deve aproveitar para descansar e relaxar... e deixar-se mimar! 



sexta-feira, 13 de junho de 2014

Somos um milagre, sabiam?

Nós somos de facto um milagre. A obtenção de uma gravidez e o nascimento de um bebé são resultado de um conjunto de vários factores que no momento certo, na altura certa se juntaram e permitiram que uma nova vida fosse criada.

Para conseguir uma gravidez há uma série de condições indispensáveis. Passo a enumerar as mais importantes:

1) Trompas de Falópio intactas e permeáveis para permitir a passagem dos espermatozoides até ao encontro do ovócito;
2) Boa qualidade dos gâmetas (ovócitos e espermatozóides);
3) Capacidade dos espermatozóides para penetrarem no ovócito e fecundarem-no;
4) Endométrio recetor para que ocorra a implantação do embrião;


Quando ocorre uma alteração em pelo menos um destes factores, quase sempre ocorre uma diminuição da fertilidade do casal.

Como já referi anteriormente, um casal deve procurar ajuda de um especialista em reprodução humana, quando não consegue obter gravidez após um ano de relações sexuais desprotegidas. Este tempo varia com a idade da mulher sendo apenas de 6 meses para mulheres com idade superior a 38 anos aproximadamente.
Fonte. creative commons
Tradução: Caso não acredites em milagres provavelmente é porque te esqueceste de que és um. 


Se todos estes factores estão bem, a taxa de gravidez por ciclo menstrual de uma mulher de 25 anos deverá ser de aproximadamente 25%. Esta taxa diminui com a idade, caindo substancialmente a partir dos 40 anos. 

Geralmente um 85% dos casais inférteis que procuram ajuda e realizam um tratamento de fertilidade adequando podem vir a ser pais. O mais importante sem dúvida é que o casal seja informado atempadamente das técnicas disponíveis e conversar com o seu médico sobre as várias possibilidades de tratamento a realizar.

Como vêm todos somos resultado de um milagre, pelo que os milagres acontecem! Não deixem de acreditar!

#gravidez

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Um caso de sucesso

Como sabem trabalho num laboratório de fertilização in vitro e no meu dia a dia contacto com muitos casais. Depois de várias conversas acabei por ficar amiga de um deles que passou por um tratamento de fertilidade no centro onde trabalho. Era um casal jovem, que tinha realizado no passado 3 tratamentos mas todos eles sem sucesso. Apesar de ver que o otimismo deste casal não tinha sido abalado, e que dominavam já bastantes conhecimentos sobre o leque de tratamentos de reprodução assistida, comentaram-me que à medida que observavam que os seus tratamentos não tinham resultados, acabavam por ter cada vez mais dúvidas e procuravam ler mais sobre possíveis alternativas. Naquela altura a Maria tinha 34 anos e o Filipe 36. Tinham decidido ter filhos há 4 anos. Mas infelizmente o tão desejado filho nunca mais chegava e passado um ano e meio de tentativas acudiram a dois centros de fertilidade onde realizaram no total 3 tratamentos de fertilização in vitro. Chegaram ao centro onde trabalho, e felizmente o tratamento correu muito bem e engravidaram.

Na semana passada telefonaram-me para que fosse ver o seu bebé! Fiquei muito feliz pela visita e feliz por ver que depois de alguns anos de luta finalmente tinham conseguido o seu sonho: o de serem pais.
Por ser um caso de luta e perseverança e de sucesso, pedi-lhes que me concedessem uma entrevista. Os seus nomes são fictícios, pois não quiseram ser identificados.

Laboratório de Sonhos (LS): Bom dia, agradeço a vossa disponibilidade para falarem sobre o vosso caso de infertilidade. Sei que já algum tempo que desejavam ter filhos. Quando decidiram pedir ajuda e porquê?

Maria: Casei-me muito jovem, com 25 anos. Naquela altura quisemos aguardar um tempo antes de aumentar a família pois a nosso ver eramos ainda muito novos e queríamos desfrutar um tempo sozinhos. Por volta dos meus 30 anos, decidimos que era altura de sermos pais e então iniciamos os "treinos". Mas infelizmente, o tempo começou a passar e cada vez que me aparecia a menstruação era como que um "balde de água fria". Ficava triste e começava a achar que algo não estava bem e que tinhámos que pedir ajuda. Esperei 6 meses. Fui ao ginecologista que me pediu vários exames e inclusive tentou fazer uma estimulação para coito programado mas que não resultou. Passado algum tempo fomos reencaminhados para um especialista em medicina da reprodução.

LS: Tiveram alguma ajuda financeira para realizar os tratamento?
Filipe: Como eramos jovens inscrevemo-nos num hospital público mas como as listas de espera eram tão grandes decidimos marcar em simultâneo consulta num centro privado. No fundo não quissemos esperar mais tempo. Se tivéssemos sido logo chamados para o centro público claro que teríamos ido, mas tal não aconteceu. Quando nos chamaram já nós tínhamos concluído um tratamento no privado.

LS: Contem um pouco como foi o vosso percurso, quantos tratamentos realizaram.
Maria: Quando chegámos ao primeiro centro privado foram-nos solicitadas vários exames mas infelizmente nenhum deles foi conclusivo. Parecia haver um ligeiro problema com a qualidade dos espermatozóides do meu marido mas nada muito acentuado pelo que partimos para duas inseminações artificiais. Após dois resultados negativos decidimos avançar para a fecundação in vitro. Necessitavamos de uma técnica mais eficaz pois já estavamos a ficar impacientes e com menos recursos económicos. Realizamos uma fecundação in vitro (FIV) mas também esta não funcionou. Os biólogos informaram-nos que os nossos embriões não tinham qualidade. Tentámos mais duas FIV mas sem resultados. Só engravidei na terceira FIV. Já pensava que não iria conseguir...

LS: O vosso percurso ainda foi longo. durante os tratamentos nunca sentiram a falta do apoio de um psicólogo? 
Maria: Tenho que confessar que algumas vezes estive para marcar consulta mas depois ficava com vergonha. Durante as injeções ficava um pouco ansiosa e depois quando os embriões estavam no laboratório, e dado o meu histórico de má qualidade embrionária, a ansiedade aumentava. Ao principio ficava em casa depois das transferências dos embriões mas depois comecei a perceber que era pior, que a minha cabeça tinha que estar ocupada e regressava ao trabalho. Acabei por passar uns dias muito angustiada mas depois recuperava. Mas sim, a ajuda de um profissional dessa área teria sido muito útil.

LS: Qual foi a diferença neste último tratamento de FIV. Porque acha que resultou?
Maria: Fui avisada de que a minha reserva ovárica estava a diminuir e para além disso a qualidade dos meus embriões não era muito boa. Neste último tratamento tivemos que optar por recorrer a doação de óvulos.

LS: Qual a mensagem que quer transmitir aos casais que estão a realizar ou pensam realizar tratamentos de fertilidade? 
Fonte: creative commons. Não é a foto real do casal.
Maria: O mais importante é a perseverança e nunca deixarem de acreditar que um dia vão ser pais. É certo que quando os resultados são negativos começamos a desanimar, mas devemos tentar estar unidos e sobretudo falar. Eu tinha muitos receios mas o apoio do meu marido foi fundamental. Hoje quando olho para trás sinto que valeu a pena todo este esforço, quando tenho o nosso filho nos meus braços esqueço-me de tudo. E sobretudo agora que já sei que é possível já comecei a falar em dar-lhe um irmãozinho.



LS: Muito obrigada pelo vosso depoimento. E muitas felicidades!



terça-feira, 10 de junho de 2014

Só nós mulheres ...

Nós mulheres somos seres estranhos, por vezes parece que nunca estamos satisfeitas... queremos fazer tudo e queixamo-nos que não temos tempo para nada! Somos seres complexos difíceis de contentar.O guarda roupa por muito cheio que esteja nunca tem o vestido que pretendemos, ou porque é comprido demais ou porque é curto, ou porque é verde e devia ser azul, ou porque está muito visto. Depois vamos para os saldos, compramos compulsivamente e por vezes acabamos por nem usar metade do que trazemos para casa. Quantas de nós não encontraram um saco de compras com alguma peça com a etiqueta ainda colocada?  
Depois é a lista das compras que não vem com o que nós queríamos, as almofadas no sofá que não estão bem colocadas, os cortinados que não combinam com os sofás, os pratos que não estão bem arrumados, enfim, preocupamo-nos com pormenores mínimos sem os quais a vida parece não nos fazer sentido. Entender as mulheres é difícil ... creio que vivemos num mundo à parte. Só uma mulher para entender outra... :)

Mas se há mulher que nos entende bem é a Maitema. Ela faz cartoons muito divertidos e tão reais que não resisti a partilhar convosco! Deixo-vos alguns dos seus cartoons onde retrata episódios da vida das mulheres.

QUAL O MAIOR DESEJO DAS MULHERES?

Fonte: Maitema

 EIS UMA BOA SOLUÇÃO PARA ALCANÇARMOS O NOSSO OBJETIVO! 

Fonte: Maitema
Tradução: "bem, eu muita determinação não tenho, mas acho que encontrei um método infalível para não estragar a dieta ..."

O GUARDA ROUPA QUE ESTÁ SEMPRE VAZIO... 

Fonte: Maitema


O QUE NOS INCOMODA A TODAS .... 

Fonte: Maitema

PORQUE SOMOS AS ETERNAS INSATISFEITAS

Fonte: Maitema


Acho impossível que ninguém se tenha sentido identificada com pelo menos um dos cartoons que publiquei aqui. Esta cartonista é simplesmente fantástica e os seus desenhos deixam-me bem disposta!

A Maitema é uma cartonista argentina, de ascendência espanhola muito conceituada por fazer cartoons sobre mulheres. Tem vários livros publicados em português e de facto ela descreve bem a mulher atual!  Espero que tenham gostado se querem ver mais visitem a pagina oficial da MAITEMA!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A Era digital

Hoje em dia quase tudo está informatizado. As contas do banco, da àgua e da luz. Infelizmente (ou felizmente) são poucas ou nenhumas as cartas que nos chegam à caixa de correio (refiro-me à caixa de correio tradicional que se encontra na porta das nossas casas). Confesso que eu própria estou dias sem ver se tenho correspondência! Hoje em dia, colocando o nosso número de cartão de saúde podem ver quais as nossas prescrições médicas. Se vamos a um hospital, quase que não é necessário levar exames anteriores pois os dados estão todos inseridos no nosso ficheiro!  Até o pagamento dos impostos felizmente se pode fazer através da internet! Estamos a caminhar para que todos os nossos dados estejam informatizados. Somente falta cruza-los e talvez numa simples pen caberia toda a informação que nos diz respeito. Hoje em dia a utilização do papel está a começar a entrar em desuso...do ponto de vista ecológico é fantástico e estes avanços são ótimos, é uma forma de organizar a informação e de ter acesso a ela mais tarde. Mas eu pergunto, será que podemos prescindir do papel em tudo? Eu penso que não... sou da época daqueles que ainda gostam de ler um livro impresso em papel, de pintar e desenhar com lápis de verdade e sentir o cheiro das folhas de papel novas. 
E vocês? Qual a vossa opinião? Acham que podem viver sem papel? Vejam o video... depois digam-me!


segunda-feira, 2 de junho de 2014

1 de junho um dia em cheio!

Domingo foi um dia em cheio! Tão preenchido com a CAMINHADA PELA FERTILIDADE e com a celebração do dia da criança com o BARRIGAS DE AMOR na Quinta da Ponte em Cascais e da parte da tarde com a visita à FEIRA DO LIVRO que ontem depois de tanta festa chegamos a casa, fomos dar banho aos meninos e depois de jantar não fiz mais nada! Hoje venho contar-vos com foi ...




Logo de manhã bem cedo fomos à CAMINHADA PELA FERTILIDADE. Lisboa acordou com um Sol maravilhoso, e o dia parecia ser quente. Pelo sim pelo não, saímos de casa com bastante água e protetor solar não fosse o Sol pregar-nos uma partida. Seguimos as instruções dadas pela Associação Portuguesa da Fertilidade e em poucos minutos estávamos na Praia da Torre. As tendas do evento eram facilmente identificáveis, não só pelo aglomerado de pessoas e carrinhos de bebés que começavam a chegar mas também pela presença de várias tendas junto ao local de inscrição com diversas atividades e produtos para demonstração. 



Logo uma tenda de um SPA onde quem quisesse podia relaxar um pouco e fazer uma massagem 



Mais à frente decorria uma aula de ioga.


Aos participantes inscritos, era dado um saco com algumas ofertas, entre outras coisas uma t-shirt do evento que prontamente coloquei. 


No ar reinava a boa disposição. A maioria eram casais com filhos mas também havia grupos de amigos. O dia estava fantástico e o ambiente divertido e na verdade tivemos pena de não ter ficado até ao final, mas já tínhamos prometido que iriamos festejar o dia da criança com o BARRIGAS DE AMOR e lá fomos nós para Cascais. A distância era curta e em meia hora estávamos a entrar na Quinta da Ponte. 

Fonte: Barrigas de Amor

Aqui as atividades também eram inúmeras, mas todas dedicadas às crianças. Os meus filhos ficaram entusiasmadíssimos e por momentos quase que os perdemos! Para eles foi difícil tomarem uma decisão para onde ir: não sabiam se escolher os insufláveis, se ficar nas construções de areia, ou fazer bolachinhas divertidas! De facto a escolha era imensa mas tiveram tempo para tudo! No final acho que se divertiram muito!  

Fazendo bolachas divertidas...



E eis o resultado final!



As construções em areia também foram um sucesso, o material de facto é muito semelhante à areia mas tem a vantagem de poder ser utilizado em casa sem sujar! Achei uma ótima alternativa à plasticina!





A adesão a este evento foi muito grande e havia inúmeras famílias com mais do que uma criança. Os meus parabéns ao BARRIGAS DE AMOR por este evento tão bem sucedido!

Depois do almoço voltámos para Lisboa, e como não podia deixar de ser passámos a tarde na Feira do Livro! Este evento que começou no dia 29 de maio e termina no dia 15 de junho é um dos principais eventos de Lisboa.
Fonte: Pedro Zenkl/Agencia Zero
Apesar do calor que se fazia sentir eram inúmeras as pessoas que circulavam pelos passeios do Parque Eduardo VII, observando e por vezes comprando os livros que estavam expostos nas bancas. Para além do design inovador com que se apresentam os novos expositores, este ano a feira do Livro conta também com mais espaços de restauração e um novo conceito gourmet que convidam a almoçar, jantar ou simplesmente tomar uma bebida ao final do dia. Adorámos! 

Escusado será dizer que terminamos muito cansados mas muito contentes de termos tido um domingo em família muito bem passado!

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