segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

2014: Estabilização da taxa de natalidade em Portugal?

Aparentemente a taxa de natalidade em Portugal estabilizou em 2014. Apesar destes dados serem animadores, pois nos últimos anos a taxa de natalidade esteve sempre a decrescer, ainda é cedo para pensarmos numa inflexão desta taxa e que o número de recém nascidos por ano vai começar a aumentar.

Continuamos a necessitar de medidas para incentivar a natalidade e apoiar as famílias pois Portugal continua a fazer parte dos países da Europa com as taxas de natalidade mais baixas.


Li um artigo no jornal o Público que refere que em 2014 nasceram apenas menos 58 bebés que igual período em 2013. Porquê?  Será que os casais já se habituaram às medidas políticas de austeridade e resolveram não adiar mais a natalidade? O que é certo é que a idade média em que a mulher portuguesa tem o seu primeiro filho está cada vez mais perto de ultrapassar os 30 anos e isso pode ser um problema caso deseje ter mais filhos. Essa é uma das causas que faz com que a taxa fecundidade das mulheres portuguesas seja muito baixa (1,2).

Para lerem mais sobre este tema dêem uma espreitadela no artigo do Público.

Tenham uma boa semana!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Compras Natal: uma ideia

Estamos na época natalícia, adoro esta altura do ano em que não só reunimos toda a família como também vemos amigos de longa data.

O que menos gosto é a atitude consumista da nossa sociedade que nos leva a comprar presentes para todos. Adoro fazer surpresas e comprar prendas quando realmente vejo algo que gosto para determinada pessoa, mas ter que comprar mil e um presentes em pouco tempo e sobretudo ter atenção aos gastos é complicado.

Noutro dia visitei a loja da UNICEF e de facto achei que realmente ao comprar ali alguns dos meus presentes estaria a contribuir para uma boa causa: ajudar as crianças mais necessitadas.

Convido-vos a dar uma espreitadela na loja online pois têm imensas coisas e com a vossa compra estão ajudar as crianças mais necessitadas do mundo.

Boas compras e bom fim de semana!


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Tratamentos de Fertilidade no Serviço Nacional de Saúde

Qualquer mulher pode realizar uma consulta de infertilidade no Serviço Nacional de Saúde, contudo, nem todos os casais podem estar elegíveis para realizar tratamento de fertilidade.

Quais os critérios de aceitação para a realização de um tratamento de fertilidade?

O casal, heterossexual, deve estar casado ou a viver em união de facto há pelo menos 2 anos.

Para que o casal possa realizar um tratamento de fertilização in vitro, a mulher deve ser menor de 40 anos. Para realizar uma inseminação artificial ou indução da ovulação a mulher deve ser menor de 42 anos.

Em ambas as situações é permitida a realização de 3 tratamentos.

Ficam assim excluídos:
Casais homossexuais;
Mulheres solteiras;
Mulheres com idade superior a 40 anos para o caso de tratamentos in vitro
Mulheres com idade superior a 42 anos para o caso de inseminação intrauterina ou indução ovulação


Deixo-vos aqui a lista dos Centros Públicos onde se realizam tratamentos de fertilidade em Portugal:

Zona Norte

CENTRO HOSPITALAR DO ALTO AVE, EPE

CENTRO HOSPITALAR DE VILA NOVA DE GAIA / ESPINHO, EPE

CENTRO HOSPITALAR DO PORTO, EPE

Zona Centro

CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA, EPE

CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA, EPE

CENTRO HOSPITALAR LISBOA NORTE, EPE - HOSPITAL DE SANTA MARIA

CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL, EPE - MATERNIDADE DR. ALFREDO DA COSTA

HOSPITAL GARCIA DE ORTA, EPE

Funchal

HOSPITAL DR. NÉLIO MENDONÇA, SESARAM, EPE


Como podem verificar existem mais centros de fertilidade no norte do país pelo que provavelmente as listas de espera para realizar tratamento nesses centros seja menor... informem-se! Boa sorte!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

DIA MUNDIAL LUTA CONTRA A SIDA

1 de dezembro é o dia mundial da luta contra a SIDA (SÍNDROME IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA). A sida é uma doença causada pelo VIH (vírus da imunodeficiência humana) e que lamentavelmente ainda necessita de ser recordada.

Apesar de ter havido uma diminuição do aparecimento de novos casos, Portugal continua com registos superiores aos da média europeia e de acordo com as estatísticas, o grupo de maior risco
é o dos jovens heterossexuais de 17-18  anos.

No Brasil a situação é semelhante sendo que os números são mais alarmantes: em 6 anos observou-se um aumento de 50% dos jovens infectados (faixa etária dos 14 aos 24 anos).

Parece que o principal motivo para este aumento é a falta de informação mas também a despreocupação em utilizar medidas para prevenir a doença (preservativo, seringas com agulhas descartáveis, etc). De facto hoje em dia a taxa de mortalidade provocada por esta doença diminuiu pois existem medicamentos que permitem atenuar os efeitos da doença mas as pessoas esquecem-se: o HIV não tem cura e os medicamentos que são administrados tem efeitos secundários e devem ser tomados durante toda a vida!!


Uma vez que a esperança média de vida dos indivíduos infectados aumentou, assim como a sua qualidade de vida, muitos casais serodiscordantes acabam por pensar em constituir família. Para evitar o risco de infeção ao terem relações sexuais desprotegidas, estes casais devem recorrer a técnicas de procriação medicamente assistida. Convém no entanto referir que primeiramente a mulher deverá consultar um médico especialista para avaliar o seu estado de saúde e solicitar uma análise da sua carga viral no sangue.

Tratamentos de Procriação Medicamente Assistida em casais Seropositivos

No caso do parceiro masculino infectado, é possível fazer uma lavagem do sémen e assim eliminar o vírus. Nesses casos geralmente o casal tem que realizar um tratamento in vitro pois na maioria das vezes a concentração final de espermatozóides obtida não é suficiente para realizar uma inseminação intrauterina. No caso de ser a parceira feminina infectada, se o sémen do marido for normal (isto é, com concentração e mobilidade dentro da normalidade), poderá ser realizada uma inseminação artificial caso contrário deverá ser realizado um tratamento in vitro.

Após engravidar a mulher portadora de HIV deverá ser acompanhada por um médico especialista para que tome a medicação adequada para não passar o vírus para o bebé.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Emoções negativas e fertilidade

A comunidade científica ainda não chegou a conclusões sobre a causalidade direta entre emoções negativas e infertilidade. Ou seja, será que emoções como o medo, a culpa, a insatisfação, a irritabilidade, a frustração, a vergonha, a raiva e a tristeza, influenciam o sucesso da mulher ao tentar engravidar?

De facto, embora ainda não tenhamos a possibilidade de confirmar a causalidade direta entre emoções negativas e infertilidade, sabemos, por outro lado, que estas emoções prejudicam o nosso bem-estar emocional, a nossa autoestima, aquilo que acreditamos sobre nós mesmas, aquilo que julgamos conseguir, o que achamos que merecemos, a nossa capacidade de resistência, a nossa imunidade e, até, a nossa saúde.

Todas as emoções são naturais no ser humano. Todas elas têm uma função. No entanto, quando as emoções negativas persistem e se tornam um standard, passam a ser tóxicas! Intoxicam o nosso cérebro e enchem o nosso organismo de pressão, angústia, stress, ansiedade e até depressão! Sabemos também que as emoções tóxicas, sentidas em permanência, geram sentimentos negativos. Por essa razão, a Psicologia assume que as emoções negativas acabam por nos fazer adoecer! António Damásio, Neurocientista, fala inclusive numa “fisiologia das emoções”, isto é, as emoções passam a sentimentos (“sentir no corpo”) a ponto de, experimentadas repetidamente, nos adoecerem.

Somos os únicos com o poder de criar a nossa vida. Teresa Marta.
Esta “biologia das emoções negativas”, sentidas no corpo, podem pois condicionar de forma negativa a fertilidade. São fatores psicológicos, na maioria das vezes inconscientes, mas muito limitadores. Estes fatores podem explicar, por exemplo, inúmeras situações de casais que sofrem de infertilidade, sem razão física aparente ou declarada. Está tudo bem com a biologia, no entanto, a gravidez não acontece.

Ou seja, na base da infertilidade podem não estar fatores biológicos ou orgânicos, mas fatores emocionais que o nosso organismo somatiza. A ciência alerta-nos, por exemplo, para fatores como o stress e a ansiedade, apontando-lhes a causa da disfunção das funções cerebrais do hipotálamo, o que acaba por alterar a ovulação. Neste mesmo sentido, sabe-se também que o stress altera as funções imunológicas das nossas células refletindo-se na função reprodutiva da mulher.

Como tal, se está a tentar engravidar sem sucesso, antes de aceitar um diagnóstico de infertilidade ou achar que algo de errado se passa consigo, foque-se nas suas emoções, nos seus sentimentos e nos alertas que o seu corpo lhe está a dar.

A cura consciente das emoções é uma base muito, muito, importante no seu caminho para conseguir engravidar. Quando uma mulher aprende a modular o seu stress com eficácia, a sua fertilidade pode alterar-se! Para melhor.
Não deixe que as emoções negativas a derrotem, na vida que tanto deseja criar!

Teresa Marta
Autora: Mestre em Relação de Ajuda - Psicoterapia Existencial e autora do blog http://teresasemmedo.blogspot.pt/

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

BARRIGAS DE AMOR®​ ​| ESPECIAL NATAL ​

Já têm planos para o próximo fim de semana?

Marquem já na vossa agenda o encontro do BARRIGAS DE AMOR®​ ​| ESPECIAL NATAL ​no próximo sábado dia 29 de​ ​novembro, no Convento do Beato, em​ ​Lisboa das 10h às 19h. Este evento dedicado ao NATAL vai ser composto por diversas workshops para toda a família e vai contar com a presença do Dr. Mário Cordeiro que nos vai explicar como "Educar com Amor" e a Filipa Sommerfeld Fernandes que nos vai falar sobre “O sono do bebé”.

Este evento vai promete muito animação para os mais pequenos e para quem ainda não fez as compras de Natal pode consultar as marcas de moda infantil, puericultura e brinquedos!

Não faltem!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Diminuição da fertilidade feminina: quando e porquê.

Todos sabemos que à medida que a mulher envelhece a sua capacidade reprodutora começa a diminuir. Sabem porquê?

Redução da quantidade de ovócitos

A mulher, ao contrário do homem, não produz ovócitos ao longo da sua vida. Ela nasce com aproximadamente 1 a 2 milhões de ovócitos e a grande maioria desses ovócitos vai degenerando (morrendo) ao longo do tempo. Quando chega à puberdade tem entre 300 000 a 500 000; por volta dos 37 anos tem aproximadamente 25 000 e quando chega aos 51 anos pode ter ainda 1 000 (altura em que geralmente as mulheres tem a menopausa). Ou seja, a quantidade de ovócitos disponíveis para gerar um embrião é cada vez menor! Apesar destes números nos parecerem astronómicos, e até podermos pensar que são suficientes para obter gravidez (dado que para gerar um embrião basta apenas um ovócito!), devemos ter em conta que em cada ciclo menstrual são "gastos" vários ovócitos mas apenas um será libertado… há inclusive mulheres que "gastam" vários ovócitos num ciclo menstrual e não chegam sequer a ter ovulação!

De facto, a grande maioria das mulheres com idade superior aos 40 anos que realiza tratamentos de fertilização in vitro, apresenta uma baixa reserva ovárica e em geral quando realiza ciclos de reprodução assistida são poucos os ovócitos que conseguem produzir.

Diminuição da qualidade ovocitária

Outra das causas principais para a perda da fecundidade da mulher é a diminuição da qualidade dos ovócitos produzidos. Esta diminuição começa a sentir-se de forma gradual por volta dos 32 anos e a qualidade dos ovócitos decresce de forma abrupta a partir dos 37 anos. Esta perda de qualidade traduz-se por um aumento da hormona FSH no sangue, e uma diminuição dos níveis da hormona antimulleriana e da inibina B. Razão pela qual é importante fazer um doseamento destas hormonas para avaliar a função ovárica (principalmente a anti-mulleriana também conhecida como HAM ou AMH). 

Ou seja, a diminuição da quantidade de ovócitos e a perda da qualidade dos mesmos conduzem ao declínio da fertilidade feminina com o envelhecimento.

Um estudo feito recolhendo dados vários países sobre a fecundidade das mulheres casadas que não usavam qualquer método anticonceptivo veio corroborar o declínio da fertilidade com a idade da mulher. No gráfico obtido (fig 1), em que está representada a taxa de fecundidade das mulheres casadas em função da idade da mulher,  pode-se observar, que existe um declínio "suave" da fecundidade entre os 32 e os 36 anos e que aproximadamente a partir dos 36 a fecundidade cai de forma abrupta!  
Fonte:  1986 Sep 26;233(4771):1389-94.


Por outro lado, convém mencionar que à medida que a mulher envelhece aumenta também a probabilidade de aparecerem outros factores de risco que podem comprometer a sua fertilidade: doenças nas trompas de Falópio, endometriose, etc.




Resumindo, é muito importante que os profissionais de saúde informem as suas pacientes nas consultas de planeamento familiar sobre o declínio da fecundidade com a idade.
Também é importante que as mulheres com idade superior a 36 anos sejam avaliadas após 6 meses de tentativas falhadas para engravidar e que as mulheres com idade superior a 40 anos sejam avaliadas quando pretenderem engravidar.


#fertilidade, #fertilidadefeminina #diminuicaofertilidade
                                                           


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