quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Não desistam dos vossos sonhos ...

Hoje tive a sorte de poder ir assistir a um dos maiores eventos que já passou por Lisboa: a WebSummit. Esta conferência sobre empreendorismo, tecnologia e inovação é a maior da Europa, e reuniu mais de 53 000 pessoas em Lisboa. O evento teve início no passado dia 7 de novembro e termina já amanhã.

Não vos venho falar da conferência em si nem da fantástica organização deste evento. Apenas queria partilhar convosco que assisti à entrevista da atleta portuguesa Patrícia Mamona, a qual achei bastante motivadora.

A atleta falou do seu percurso até chegar a atleta de alta competição, das escolhas que teve que fazer e das dificuldades que enfrentou. Entre outras coisas, mencionou que aos 18 anos teve que ir estudar para os Estados Unidos, onde concluiu a licenciatura em Medicina, pois só ai conseguiu conciliar os estudos com o desporto.



Comentou que havia quem dissesse que ela não tinha corpo de atleta para realizar aquele tipo de competição: não era alta nem magra. Que não valia a pena continuar. Mas para mim o momento auge daquele discurso foi quando se voltou para a plateia com os olhos brilhantes de emoção e disse: "não deixem nunca de seguir o vosso instinto e realizar os vossos sonhos! Os resultados não são imediatos e é preciso ter paciência!”. De facto, a prova da sua determinação são as várias medalhas que já ganhou!

Esta frase, que aliás ouvimos constantemente, impactou-me ainda mais, talvez porque a Patrícia estava ali, mesmo ao pé de mim, e ela era a prova de que o sucesso não vem sem esforço e paciência. Era isto que queria partilhar convosco. Temos que ser persistentes para perseguir os nossos sonhos e muito pacientes! Não desistam! Vai valer a pena!

Tenham uma boa noite!

#websummit; #patriciamamona

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Procriação Medicamente Assistida alargada a todas as mulheres

Atualmente em Portugal os tratamentos de procriação medicamente assistida (PMA) só são permitidos a casais heterossexuais, casados ou que vivam em união de facto há pelo menos dois anos. A nova lei que foi agora publicada permite o alargamento destes tratamentos a todas as mulheres e entra em vigor já a partir de 1 de agosto de 2016.

Para a concretização dos tratamentos ficamos ainda a aguardar a regulamentação da mesma lei que deve ocorrer num prazo máximo de 120 dias.

Fonte: creative commons

#pma; #procriacaomedicamenteassistida; #mulheressolteiras


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Promulgação da lei de PMA a todas as mulheres

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje a lei que permite o alargamento do tratamentos de Procriação Medicamente Assistida (PMA) a todas as mulheres.
Não deixou contudo de expressar as suas dúvidas no que respeita aos direitos da criança nascida através destes tratamentos, pela impossibilidade desta vir a conhecer o "pai" biológico

                Será que vêm ai novas recomendações no que respeita ao anonimato das doações?


Já o diploma da gravidez de substituição foi vetado pelo Presidente da República tendo este referido que se baseou nos pareceres do Conselho Nacional de Ética e para as Ciências da Vida. "Assim sendo, entendo dever a Assembleia da República ter a oportunidade de ponderar, uma vez mais, se quer acolher as condições preconizadas pelo Conselho Nacional de Ética e para as Ciências da Vida, agora não consagradas ou mesmo afastadas", acrescenta o Presidente. (in RTP notícias)

Parece que vamos ter que aguardar mais um tempo para que a Assembleia da República possa ponderar as possíveis alterações. 



#gravidezsubstituicao; #maternidadesubstituicao, #barrigaaluguer

domingo, 22 de maio de 2016

Questionário sobre o blogue. Porque a sua opinião é importante!

Queridas leitoras e leitores,

O blog "O meu Laboratório de Sonhos" vai completar 3 anos no final deste ano. Este projeto foi criado com o objetivo de ajudar a resolver dúvidas sobre infertilidade e apresentar também conteúdos relacionados com a família e as crianças.

Para que este projeto continue a crescer é fundamental a vossa opinião. Venho por isso pedir a vossa colaboração para o preenchimento de um questionário rápido e anónimo sobre o blogue.
Agradeço desde já a vossa colaboração!


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Doação de sémen e de ovócitos, porque não ajudar?

Hoje em dia, há muitos casais que recorrem a tratamentos de procriação medicamente assistida mas para que os tratamentos resultem em gravidez, necessitam de utilizar óvulos ou sémen de um (a) dador(a).

Creative Commons Licensing [Flickr, Our 3 Week Old Girl, Jan. 28, 2008]
As razões mais frequentes que levam a que uma mulher necessite de óvulos de uma dadora são a falência ovárica precoce e a idade. No caso dos homens, o fator principal para necessitarem de sémen de um dador é a ausência de espermatozóides no ejaculado.

Atualmente a procura de gâmetas (óvulos ou sémen) doado é superior às dádivas realizadas, razão pela qual, a concretização dos tratamentos demora ainda algum tempo.

Segundo a lei portuguesa, a seleção do dador deve ser feita com base na idade, saúde e antecedentes médicos. Mais concretamente, os dadores não devem ter mais do que 45 anos e as dadoras não devem ser maiores de 35 anos. Já a lei brasileira também estabelece um limite de 35 anos para a dadora de óvulos mas o dador de sémen pode ter até 50 anos.

Está neste momento a decorrer em Portugal uma campanha desenvolvida pela Associação Portuguesa para a Fertilidade (APF) para sensibilizar os jovens universitários para que façam doação dos seus gâmetas. Vejam a reportagem que passou recentemente na RTP1. Com o depoimento de uma dadora de óvulos e de um casal que recebeu óvulos doados.


#doação de óvulos
#tratamentos de PMA

quarta-feira, 9 de março de 2016

DICA DO DIA...

Converse com a sua mãe e pergunte-lhe quando é que ela teve a menopausa. A idade com que uma mulher tem a menopausa pode ser determinada por fatores genéticos. Caso a sua mãe tenha tido uma menopausa precoce, a sua probabilidade de vir a ter também a menopausa antes do tempo normal (46- 54  anos) aumenta. Se for esse o caso, não espere muito tempo até tentar engravidar!



domingo, 6 de março de 2016

Diagnóstico precoce do autismo: os médicos devem prestar atenção aos pais

O diagnóstico precoce do autismo pode ser beneficiado pelo reencaminhamento da criança para um médico especialista, assim que os pais comunicam ao pediatra as suas suspeitas, revela um estudo publicado por investigadores da Universidade de Oregon nos Estados Unidos.

Os sintomas desta doença neurológica podem aparecer antes dos dois anos de idade e o seu diagnóstico pode ser feito até aos três anos. Alterações no comportamento da criança, tais como não responder pelo nome ou não olhar nos olhos podem ser o suficiente para alertar os pais.

Neste estudo, realizado por Katharine Zuckerman e colaboradores do Doernbecher Children’s Hospital Oregon Health & Science University e a Universidade de Oregon, foi observado que existe um atraso no diagnóstico do autismo que pode ser reduzido pela atitude proactiva do responsável de saúde que acompanha a criança.

“Um diagnóstico precoce pode beneficiar não só o desenvolvimento da criança como aumentar a qualidade de vida da família”, refere Katharine Zuckerman. “Mas lamentavelmente, na maioria dos casos, passa muito tempo entre o momento em que o casal expõe ao médico as suas suspeitas sobre autismo do filho, até ao diagnóstico final desta doença”.

Esta investigação baseou-se nos dados de um relatório representativo sobre as vias de diagnóstico e tratamento de crianças entre os 6 e os 17 anos de idade realizado nos Estados Unidos em 2011 (Survey of Pathways to Diagnosis and Treatment). Este relatório compilou dados de crianças com necessidades especiais de saúde e que foram diagnosticadas com transtornos do espectro de autismo (TEA), deficiências intelectuais ou transtornos no desenvolvimento (DI/TD).

Foram utilizados dados de 1420 crianças diagnosticadas com TEA e 2098 crianças diagnosticadas DI/TD. Para a investigação em causa, foi comparada a idade da criança em que pela primeira vez os pais notaram alguma alteração no seu desenvolvimento e a idade em que pela primeira vez os pais discutiram esta preocupação com o profissional de saúde. A atitude do profissional de saúde foi categorizada em proactiva ou tranquilizadora/passiva e no caso da TEA foi feita uma associação entre a resposta do profissional de saúde e os anos que demoraram até ao diagnóstico final.

Os pais das crianças com TEA demonstraram mais precocemente preocupação pelos filhos (quando a criança tinha em média 2,1 anos) do que os pais das crianças com DI/TD (3 anos) no entanto, em ambas as situações, o tempo que levou os pais a comunicarem as suas preocupações aos profissionais de saúde foi muito semelhante. Os pais das crianças com TEA comunicaram a sua preocupação quando a criança tinha em média 2,3 anos e os pais de crianças com DI/TD quando o seu filho tinha em média 3,2 anos. Os investigadores assinalaram também que os profissionais de saúde tiveram 30% mais de atitudes passivas e tranquilizantes (do tipo “isto vai passar”) relativamente às crianças com TEA do que com as crianças com DI/TD.

Apesar de os pais das crianças com TEA terem demonstrado mais precocemente preocupação por alterações na criança (2,1 anos), comparativamente aos pais das crianças com DI/TI (3 anos), o adiamento do diagnóstico foi comum a ambas as doenças, mas foi agravado especialmente nas situações em que o profissional de saúde teve uma atitude passiva ou tranquilizadora.

Este estudo publicado no jornal The Journal of Pediatrics em abril de 2015, veio concluir que no caso das crianças com TEA, o diagnóstico demorou quase três anos após a conversa inicial com o profissional de saúde. “Espero que este estudo sirva de alerta para a necessidade de formação dos profissionais de saúde primários” declara ainda Katharine Zuckerman.

Os TEA afetam 1 a 2% das crianças nos Estados Unidos e são caracterizados por alterações no desenvolvimento neurológico e que podem manifestar-se por dificuldades na interacção social, comunicação, interesses restritos e comportamentos repetitivos.


domingo, 31 de janeiro de 2016

Mulheres solteiras e a Procriação Assistida

Em Portugal de momento os tratamentos de procriação medicamente assistida só são permitidos aos casais heterossexuais e muitas mulheres têm ido a Espanha para concretizar o sonho de serem mães.  O alargamento destes tratamentos às mulheres solteiras é um dos assuntos que deve ser brevemente discutido na Assembleia da República.

Hoje à noite não percam a reportagem especial SIC/ Expresso que vai para o ar no jornal da noite : "Filhos de pai incógnito". Podem visualizar o video aqui.


#infertilidade #mulheressolteiras

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