sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Amigas descobrem que são filhas do mesmo doador de sémen


Esta notícia vinda dos EUA, relata o caso de duas jovens estudantes que se conheceram através da internet quando procuravam um quarto para iniciarem os estudos na Universidade da Louisiana, e que descobriram que eram filhas do mesmo pai, um dador de sémen colombiano.

Achei importante comentar esta notícia sobretudo para tranquilizar aquelas pessoas que realizaram ou pensam realizar um tratamento com sémen de um dador. É importante que saibam que as leis da reprodução medicamente assistida são distintas nos vários países.

Para evitar casos de consanguinidade, é importante limitar o número de recém nascidos para cada dador e cada país tem as suas normas. Nos EUA, a lei permite que um dador de sémen tenha até 25 filhos por cada área geográfica de 800 mil habitantes. No caso de Portugal a situação é bem diferente e de acordo com as normas em vigor, não há um limite para o número de dádivas de cada dador mas considera-se aconselhável que cada dador não possa dar origem a mais de 8 crianças. Para averiguar esta situação, foi implementado em 2013 em Portugal um sistema de registos que permite o controlo destas doações.

Convém também referir que em Portugal a doação de sémen (e de ovócitos) é anónima, isto é, nem o casal nem as crianças que possam nascer como resultado da dádiva poderão ter acesso à identificação do dador, excepto por "razões ponderosas reconhecidas por sentença judicial". Em caso algum os dadores podem ser reconhecidos como progenitores dessas crianças. 


Como podem ver os números e as leis são bem diferentes...

Deixo-vos o link da notícia amigas descobrem que são filhas do mesmo doador de sémen.

Bibliografia:
 - ASRM (AMERICAN SOCIETY FOR REPRODUCTIVE MEDICINE) - http://www.asrm.org/
 - CNPMA (COMISSÃO NACIONAL PARA A PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA)-    http://www.cnpma.org.pt/

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Placas mágicas...

Já alguma vez imaginaram onde crescem os embriões quando estão no laboratório??! Crescem numas placas de plástico especial com meio de cultura que possui todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento adequado dos embriões. Esse meio de cultura pode variar consoante o estadio de desenvolvimento dos embriões... quer em fase de células quer já nas estruturas mais complexas que são os blastocistos.  Por cima destes meios adicionamos uma camada de óleo especial que ajuda a preservar as características dos meios quando os embriões são retirados das incubadoras para serem observados ao microscópio... como eu costumo dizer, estas placas de cultura são mágicas pois permitem o desenvolvimento dos embriões nas melhores condições! 

Ora vejam as fotos....

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mas afinal quem deve ficar em casa a tratar dos filhos? As mães ou os pais?


Durante muito tempo era a mulher quem ficava em casa a cuidar dos filhos e que assumia as tarefas caseiras enquanto o homem ia trabalhar. Na sociedade actual as coisas não são bem assim. As mulheres já têm outras ambições, dominam as universidades e cada vez menos querem abdicar de uma vida profissional activa. Quando chegam à maternidade transformam-se em supermulheres: são capazes de executar inúmeras tarefas profissionais e ao mesmo tempo continuar a fazer a gestão da casa e a cuidar dos filhos. Continuam a ser elas a ficar em casa com os filhos quando estes estão doentes e são elas também que acompanham os filhos quando estes têm que ir ao médico. Mas será que os pais e as mães não deveriam partilhar as preocupações da parentalidade? Será isso possível?


De acordo com uma sondagem recente, as mulheres têm duas vezes mais tendência para se sentirem culpadas quando vão trabalhar do que os homens: 80% ficam preocupadas quando deixam os seus filhos ao cuidado de outros comparativamente com 39% dos homens.

As mulheres continuam a ser questionadas pelos seus chefes e colegas sobre a logística familiar, se têm com quem deixar os filhos e como conciliam o trabalho e vida familiar. No que toca aos homens, os que decidem ficar em casa a cuidar das crianças, são de facto elogiados por amigos e conhecidos… mas são muito poucos.

No fundo, e apesar de acreditarmos na igualdade de géneros, na prática continuamos a ter diferentes expectativas sobre os papéis a desempenhar por homens e mulheres… E é provavelmente por isso que as mulheres continuam a sentir-se culpadas ou a serem culpabilizadas. Temos que nos esforçar todos para que esta situação mude e para que seja igualmente aceite que um ou outro opte por ficar em casa a cuidar dos filhos e que nenhum dos dois se sinta culpado se optar por ir trabalhar fora de casa!

Creio que é importante pensarmos, que não interessa passar todo o dia com os nossos filhos se esse tempo não tiver qualidade! Mais valem 15 minutos de boas gargalhadas com os nossos filhos ou a ler um conto, do que todo o dia em casa sentados a ver televisão enquanto que nós pais estamos nas tarefas domésticas!!!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Estilo de vida e fertilidade…

Como podem observar continuo preocupada com os vossos hábitos de vida. É importante quando tomamos a decisão de querer ser pais termos especial cuidado com o nosso estilo de vida e tentarmos levar uma vida o mais saudável possível. De facto a alteração dos nossos hábitos diários só depende de nós e da nossa força de vontade e com eles podemos influenciar a nossa saúde, o nosso bem-estar incluindo a nossa fertilidade.

Alguns factores como a idade em que o casal (sobretudo a mulher) pretende iniciar família, a alimentação, consumo de álcool e drogas, o tabaco o peso, o exercício físico, o stress psicológico, o ambiente onde o indivíduo trabalha e onde vive entre outros factores podem ter uma grande influência na fertilidade. 

Uma alimentação saudável e variada é um dos segredos para manter um bom estado de saúde. Contudo há certas vitaminas e grupos de alimentos que podem ter uma influência maior na saúde reprodutiva.

A dieta rica em hidratos de carbono, fibra, licopeno (tomate), fruta e vegetais podem melhorar a qualidade do sémen e aumentar a probabilidade de ocorrer um ciclo com ovulação na mulher. Verificou-se também que um consumo reduzido de proteínas e gorduras seria benéfico para a fertilidade.

Já vos falei que o controlo do peso é muito importante pois se estiver fora dos parâmetros normais pode significar um risco acrescido para predisposição de doenças cardiovasculares, diabetes e infertilidade. O IMC (índice de massa corporal) é uma medida que nos permite avaliar se o nosso peso é o correcto (tem em consideração a altura, sexo e peso do indivíduo) . Para que os valores sejam normais devem estar no intervalo de 18,5 e 25 Kg/m2.

Verificou-se que os homens que praticavam exercício físico (pelo menos 1 hora, 3 vezes por semana) tinham melhores parâmetros seminais (concentração mais elevada de espermatozóides, maior mobilidade e melhor morfologia) do que os homens que faziam actividade física intensa!

Resumindo:
Façam uma dieta variada e equilibrada, não abusem da carne e gordura. Pratiquem exercício físico mas não em excesso… e divirtam-se! Eliminem o stress! Peçam conselhos ao vosso médico!!!

Deixo-vos o link  do artigo estilos de vida que utilizei como bibliografia para o caso de quererem aprofundar os vossos conhecimentos.

 Boas leituras!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Um filho depois de 20 abortos espontâneos

Vi um artigo na revista pais e filhos e pareceu-me interessante partilhar.

Fala de um casal de Birmingham (Reino Unido) que não desistiu de lutar pelo seu sonho e que após 20 abortos espontâneos conseguiu ter um filho.


Este casal (ver foto) já tinha sofrido vários abortos, sem causa aparente. Os vários abortos recorrentes, podem ter várias explicações, uma delas, é a existência de anomalias genéticas no feto, e no caso da notícia, o problema da senhora Kelly Moseleye residia nas células do seu sistema imunitário que rejeitavam os fetos considerando-os como corpos estranhos. Estas células chamadas “células assassinas naturais” – natural killer cells, podem muitas vezes ser neutralizadas com a administração de esteróides, mas em alguns casos, como o da notícia publicada tal não foi suficiente. O médico teve que administrar hidroxicloroquina, que é um medicamento usado contra a malária, que reduz as defesas naturais dos pacientes.

Este é um exemplo de coragem e de determinação pela busca de um sonho!

Chamo a atenção que este tipo de situações não é muito frequente e antes de iniciar este tipo de tratamento é importante analisar se existe uma causa de aborto. Perguntem ao vosso médico!

Deixo-vos também o link jornal dailymail onde foi publicada a notícia.

As matemáticas dos tratamentos in vitro ...

As matemáticas dos tratamentos in vitro nem sempre são simples... passo a explicar!

Alguns casais quando se encontram a realizar pela primeira vez um tratamento de fecundação in vitro (FIV) ficam muito surpreendidos porque o número de ovócitos e mais tarde o número de embriões vai diminuindo ao longo do tratamento, chegando no final a ficar apenas com 1 ou 2 embriões viáveis para transferir para a cavidade uterina.
Durante a estimulação dos ovários para a realização de um tratamento FIV, o médico vai observando o crescimento dos folículos (o folículo é uma estrutura que na ecografia aparece negra e que contém um ovócito - está assinalado na figura) e vai fazendo uma estimativa do número de ovócitos que seriam esperados obter no dia da punção dos folículos.


Para aqueles que estão agora em tratamento, deixo-vos um exemplo de um tratamento FIV onde podem ver os números orientativos de ovócitos e embriões.

Nº de ovócitos esperados  (contagem dos folículos durante as ecografias de monitorização)       15
Nº de ovócitos obtidos  (durante a punção dos folículos)          12
Nº de ovócitos maduros (aqueles ovócitos que se podem utilizar para serem fecundados)   10
Nº de embriões obtidos após inseminação     8
Nº de embriões viáveis após 2 dias de cultura em laboratório 8
Nº de embriões viáveis após 3 dias de cultura em laboratório 6
Nº de embriões viáveis após 5 dias de cultura em laboratório 3


Como vêm neste exemplo, durante a estimulação ovárica eram esperados 15 ovócitos, no entanto foram obtidos 12. Destes, 10 estavam em condições de serem fecundados e após a inseminação resultaram 8 embriões que ficaram em cultura em laboratório.

A maioria dos embriões sobrevive até ao segundo dia em laboratório, mas a partir dai alguns vão perdendo a viabilidade (alguns param o crescimento). Como podem ver no exemplo que vos dei, ao terceiro dia de cultura dos embriões em laboratório já "só" 6 embriões eram viáveis, e desses embriões, apenas 3 sobreviveram até ao quinto dia de cultura.

O objectivo de deixar os embriões em cultura no laboratório é seleccionar os melhores (ou o melhor) para transferir para a cavidade uterina, pois em teoria estes terão maior probabilidade de implantar e dar origem a uma gravidez. Para que esta selecção seja mais eficaz, e portanto para que a probabilidade de gravidez aumente, o ideal será deixar os embriões em laboratório o maior número de dias possível (máximo 6) pois desta forma haverá mais dados sobre eles, e sobretudo porque ficamos a saber que continuam viáveis num estado de desenvolvimento mais avançado.

No entanto, convém referir que, quanto mais tempo os embriões ficam em laboratório em cultura, maiores são as probabilidades destes não sobreviverem já que se encontram num ambiente que não o natural. Por essa razão, muitas vezes é preferível não arriscar e fazer a transferência dos embriões para a cavidade uterina nos primeiros dias de vida pois quem sabe estes embriões teriam sobrevido no útero.

Já observei casos em que o nº de embriões viáveis resultantes foi de facto muito inferior ao número inicial de ovócitos e essa diferença era cada vez mais acentuada quantos mais dias os embriões ficavam em laboratório.

De facto, é sempre um risco deixar os embriões muitos dias em laboratório, mas as taxas de gravidez podem ser consideravelmente superiores.

Quando realizarem um tratamento perguntem ao vosso médico se a opção de deixar os embriões mais dias em laboratório é algo que se adequa ao vosso caso! E não se surpreendam com as matemáticas da reprodução in vitro… afinal o que se pretende é fazer uma selecção e por essa razão o normal é terminarem com um número cada vez mais pequeno de embriões!

Boa sorte!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Reportagem ... casos da vida.

Deixo-vos o link com uma reportagem que saiu esta semana na TVI sobre a realidade dos casais quando realizam tratamentos de infertilidade. O endividamento dos casais, os insucessos, os abortos.. a tristeza!

reportagem TVI

É bom que a população em geral tenha acesso a esta informação! É bom que se falem nestes assuntos para sensibilizar a sociedade e se comecem a pensar em alternativas viáveis para os casais!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Vamos lá deixar de fumar!!!

Todos nós sabemos que fumar faz mal e são inúmeras as evidências científicas que o comprovam. Sabe-se hoje em dia que o tabaco está associado ao cancro dos pulmões, laringe, problemas respiratórios, complicações cardiovasculares, fertilidade, etc...

Durante a gravidez o tabaco pode provocar malformações no feto, além disso, há estudos que afirmam que fumar mais de 10 cigarros durante a gravidez também pode por em causa a fertilidade do bebé, no caso dos rapazes pode diminuir em 20 a 40% a concentração de espermatozóides e no caso das meninas diminuir a quantidade de óvulos.

No caso das senhoras fumadoras que se encontram a realizar tratamentos de reprodução, foi observado que os resultados clínicos (taxa de gravidez e taxa de aborto) quando comparados com senhoras não fumadoras são piores. O que na realidade acontece é que o envelhecimento dos ovários é acelerado o que leva a uma menor produção de óvulos e a qualidade dos mesmos decresce.  

Se continua a fumar pense seriamente na sua saúde… se está grávida ou deseja vir a ser mãe, pense também na saúde do seu futuro bebé!

Por último, pense em todo o dinheiro que iria poupar se deixasse de fumar, nas coisas que poderia fazer com ele!

Força! Faça-o por si!

Bibliografia consultada:
Sérgio R Soares and Marco Melo (2008) Cigarette smoking and IVF Expert Review of Obstetrics & Gynecology 3:4, 555-563

#tabaco, #infertilidade

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

E pensar que todos nós já fomos assim…

Tenho que vos falar outra vez no Embryoscope® (incubadora que nos permite gravar imagens dos embriões cada 5 minutos, ver post embryoscope) pois esta incubadora deixa-me maravilhada!!!

Quando depois de inseminar os ovócitos (isto é, de juntar os espermatozóides com os ovócitos para ver se ocorre fecundação) e os coloco nesta incubadora mágica, ao fim de seis dias tenho vídeos impressionantes que me revelam tudo aquilo que nunca pensei ver!

Os momentos de divisão das células são fantásticos, é algo rápido e muito ordenado (sobretudo quando o embrião é de boa qualidade). Depois vem a fragmentação - pedaços de material excretados pelas células - que aparecem e desaparecem … sim, por vezes as células voltam a reabsorver estes fragmentos e um embrião que outrora parecia ter muitos fragmentos e portanto mau prognóstico reaparece fantástico! É como se tivesse feito uma operação plástica!

Outra facto muito interessante é ver os blastocistos (embriões num estado de desenvolvimento mais avançado) a aumentarem e diminuírem de tamanho. São pequenos seres microscópicos que já têm movimentos… e este aparelho permite-nos gravar tudo!!! Eu mais uma vez vejo o filme, e volto a ver,
… são já vários anos de experiência nesta área da medicina da reprodução mas felizmente há coisas que não me deixam de surpreender!

E é simplesmente maravilhosa esta gravação do milagre da vida!

#timelapse, #embryoscope, #blastocisto

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O meu primeiro milagre da vida nasceu hoje!


Estou tão orgulhosa!

São 5 anos cheios de vida que me enchem de alegria e me preenchem como mãe!
Parabéns linda! Hoje é o teu dia… e o meu!

Por vezes pergunto-me, haverá amor maior que este?! Acho que não...

O transplante de útero a nove mulheres foi resultado de uma experiência pioneira na Suécia

Na Suécia, nove mulheres receberam com sucesso úteros doados por familiares vivas e vão em breve tentar engravidar. O médico que lidera este projecto, Dr Mats Brannstrom, da Universidade de Gothenberg, espera poder ajudar com esta técnica mulheres que nasceram sem útero (sofrem de síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH), mulheres que tiveram que remover o útero devido a cancro do colo do útero e mulheres que não conseguem engravidar devido a problemas no útero. 

A maioria destas mulheres tem 30 anos e o grande objectivo deste trabalho é que as pacientes possam dar à luz os seus próprios filhos.

Os úteros transplantados não foram ligados às trompas de Falópio das receptoras pelo que estas não conseguirão engravidar naturalmente. Antes da operação, estas mulheres foram submetidas a uma estimulação ovárica e realizaram tratamentos de reprodução in vitro pelo que todas elas tem embriões congelados à espera de serem transferidos para o novo útero.

Esperemos que esta nova técnica resulte!

Deixo-vos o link da notícia que saiu no jornal Público para o caso de querem ler mais sobre o assunto.
Notíca Jornal Público
Boas leituras!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A importância da contracepção

Pensarão que é estranho falar em contracepção, mas a razão é simples, é importante que se saiba que uma contracepção adequada durante uma relação sexual poderá evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis que poderão comprometer no futuro, a fertilidade de ambos os indivíduos.

A contracepção não serve apenas para evitar uma gravidez indesejada mas também a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST) que ocorrem tanto em relações homossexuais como heterossexuais, como por exemplo a sífilis, HIV (sida), herpes genital, hepatite B, candidíase, gonorreia, entre outras. De facto a melhor forma de evitar contrair este tipo de doenças será a abstinência sexual ou a monogamia.

Actualmente existem vários tipos de anticonceptivos e cada pessoa, aconselhando-se com o seu médico deverá escolher o método mais eficaz para o seu caso. O importante é que o método escolhido seja seguro e eficaz e tenham em conta a idade fértil da mulher e se esta já teve filhos ou não.

Tipos de contracepção: Preservativo masculino, Preservativo feminino, Contracepção hormonal oral (pílula), contracepção hormonal injectável, Dispositivo intra-uterino (DIU), Diafragma, vasectomia, ligadura de trompas, entre outros.

Convém referir que os únicos métodos que protegem das doenças sexualmente transmissíveis são os preservativos!

Deixo-vos o link da associação para o planeamento da família para lerem com mais detalhe como funciona cada um destes métodos!


Pensem nisto! 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Vamos preservar a nossa fertilidade!

A grande maioria de nós não sabe se tem um problema de infertilidade até ao momento que finalmente deseja ter filhos. Infelizmente, esse momento por vezes prolonga-se no tempo ou porque o parceiro ideal não chega, ou porque os estudos ainda não terminaram, o emprego de sonho ainda não chegou, etc. e quando o casal se prepara para finalmente construir família por vezes a idade já não ajuda.

Uma das formas de parar o tempo, neste caso, preservar a fertilidade é congelar os gâmetas (óvulos ou espermatozóides). A congelação é uma técnica que se utiliza há muito tempo e já existem milhares de crianças nascidas provenientes de fecundação in vitro com sémen ou ovócitos congelados e pode ser uma opção para “parar” o relógio biológico. Convém referir que apesar de ser uma alternativa, não é uma garantia 100% segura de gravidez!!! A congelação dos gâmetas depende muito da qualidade dos mesmos! Se os óvulos são de má qualidade provavelmente não irão sobreviver em boas condições quando descongelados, o mesmo se passa com os espermatozóides, embora estes estejam em maior número e portanto em princípio será mais fácil utiliza-los.
A congelação também pode ser recomendada a pacientes oncológicos antes de iniciar os tratamentos de radioterapia ou quimioterapia já que estes tratamentos danificam a fertilidade.

Actualmente a técnica mais utilizada para congelar óvulos é o método da vitrificação. Com este método a taxa de sobrevivência dos óvulos ronda os 85%. Este processo demora aproximadamente 30 minutos e consiste numa congelação rápida dos óvulos, para que tenham uma ideia, os óvulos passam de uma solução que está a 24ºC para o azoto líquido que está a -196ºC em 5 segundos!! 

Deixo-vos um video para que vejam como se faz este processo! 


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A casa dos segredos …..embrionários….

Tem o nome de Embryoscope® e funciona como uma incubadora onde são colocados os ovócitos após a inseminação. Esta incubadora, à semelhança de uma incubadora normal, mantém os níveis de temperatura e CO2 adequados para o bom desenvolvimento dos embriões, mas além disso tem integrada uma câmara que permite gravar imagens dos embriões cada 5 minutos. Esta tecnologia inovadora tem a vantagem de fornecer mais informação acerca dos embriões e permite fazer uma melhor selecção dos mesmos na hora de decidir quais os embriões a transferir. Por outro lado, minimiza a “manipulação” dos embriões, de modo que estes só são retirados da incubadora na hora de serem transferidos para a cavidade uterina ou congelados.

Quando poderá estar indicado o uso do  Embryoscope®?
O uso do Embryoscope pode ser utilizado em todos os tratamentos de fecundação in vitro. Está especialmente indicado nos seguintes situações:

Ausência de gravidez após repetidos tratamentos de Fecundação in vitro. Nestes casos a informação extra recebida pelo  Embryoscope® pode ser muito útil para perceber o que se está a passar com os embriões (será que a divisão embrionária é a correcta? Será que as células têm mais do que um núcleo em algum dos passos da divisão celular? E muitas mais questões podem ser respondidas..).
No caso de senhoras com baixa reserva ovárica (isto é, com poucos ovócitos) também será importante pois evita retirar os embriões das incubadoras para serem observados.
Casais com muitos embriões. O Embryoscope® será uma ferramenta adicional para permitir seleccionar os embriões com melhor prognóstico. 

Este aparelho é simplesmente fantástico e está visto que permite aumentar as taxas de gravidez em algumas situações!
No final dos tratamentos, o casal recebe um vídeo com as imagens do desenvolvimento dos seus embriões transferidos.
O video que se segue representa o desenvolvimento embrionário que é observado no Embryoscope®. Vejam lá se não é maravilhoso o milagre da vida! 



Deixo-vos também o link da casa comercial para quem quiser obter mais informações sobre este aparelho: Casa comercial - EmbryoScope

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Os bons pais fazem uma asneira de 8 em 8 horas

Adorei a entrevista publicada na revista ACTIVA no mês de Dezembro ao psicólogo clínico Eduardo Sá - "Os bons pais fazem uma asneira de 8 em 8 horas" e confesso que fiquei com imensa vontade de comprar o seu livro “Queremos melhores pais!”.

De facto parece tarefa fácil mas educar por vezes é complicado e mais complicado ainda quando chegamos a casa ao fim do dia, cansados, e as crianças não querem por nada obedecer. O banho parece eterno… os brinquedos começam a multiplicar-se no chão do quarto…. é uma complicação pôr o pijama… depois é o jantar… que a sopa é verde, que já comeram peixe na escola…
Sempre disse que os filhos deveriam vir com um manual de instruções… partimos de uma relação em desvantagem em que nós por vezes não sabemos o que lhes fazer… e eles sabem sempre tão bem o que fazer connosco! A nossa sorte é que antes de sermos pais primeiro também fomos (e somos) filhos de alguém, e portanto também conhecemos as artimanhas utilizadas para chegar aos objectivos.
Ser pai não é uma “profissão” fácil, é ter várias profissões ao mesmo tempo, é não saber de nada e de repente ter de saber de tudo … por vezes temos que ser médicos pediatras, outras enfermeiros, às vezes palhaços, outras professores, cozinheiros, engomadores, cabeleireiros…Adoro o meu trabalho, mas ser mãe é sem dúvida o que mais gosto de fazer!

Que venham mais livros destes, necessitamos que nos ajudem e nos elevem a auto-estima, pois estou segura de que todos damos o nosso melhor pelos nossos filhos mas às vezes pensamos que não!

Deixo-vos o link da entrevista para que leiam! Artigo Revista ACTIVA

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Mais um incentivo à Natalidade...

Desta vez é a Câmara de Mora que também incentiva a Natalidade (em Dezembro publiquei um artigo com uma notícia semelhante referente aos apoios oferecidos pela Câmara de Vimioso podem vê-lo aqui artigo Vimioso) . Pelos vistos esta iniciativa que já dura desde 2004, apoiou no ano passado com 19 mil euros o nascimento de 26 bebés! Esperemos que estas notícias se propaguem depressa e em breve sejam mais as câmaras a apoiar as famílias e a incentivar o nascimento de mais bebés! Continuem! 
Deixo-vos o link da notícia que encontrei no jornal SOL artigo Jornal SOL. Boas leituras! 

Calculadora de fraldas...

Adorei esta calculadora de fraldas (calculadora de fraldas) pois muitas vezes vamos viajar com toda a família e nem sempre sabemos ao certo quantas levar. O meu pequeno que está quase a fazer 3 anos ainda usa fralda (mea culpa) e sempre que compro um pacote penso que será o último. Mas decididamente ainda não consegui ganhar coragem para lhe retirar a fralda. Só de pensar na quantidade de roupa que vou ter que lavar, no chão que vou ter que limpar e depois nas constipações que ele possa apanhar acabei por tomar a decisão de retirar a fralda quando chegarem os dias quentes da Primavera. Note-se que falei em dias quentes... ainda falta! 
Entretanto estou atenta às inúmeras promoções que fazem e este fim de semana fiz uma visita ao supermercado e enchi a casa com pacotes de fraldas!!!
Quando regressei a casa e por curiosidade utilizei a calculadora... ia tendo um colapso! Se estiver correcta até à Primavera teria que comprar 350 fraldas... ou seja, o que comprei não chega! 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Reprodução assistida aumenta risco de morte fetal

Não podia deixar de comentar este artigo que recentemente está a invadir os meios de comunicação e informar-vos qual o risco a que efectivamente se referem.

No passado dia 8 de Janeiro, foi publicado um estudo coordenado pelo Dr. Michael Davies, do Instituto Robinson da Universidade de Adelaide, Austrália que diz que os bebés concebidos através de tratamentos de procriação medicamente assistida têm o dobro da probabilidade (1,1%) de morrer nos 28 dias a seguir ao parto quando comparados com aqueles concebidos espontaneamente (0,5% probabilidade). Este facto ocorre apenas para os casos de gravidez única, já que no caso de gravidez de gémeos as taxas de nado morto foram muito semelhantes (gravidez espontânea – 2,0% e gravidez com técnicas procriação medicamente assistida – 2,1%).

Para este estudo, o grupo analisou os dados perinatais de 300 mil nascimentos ocorridos no estado da Austrália do Sul entre Janeiro de 1986 e Dezembro de 2002. Destes nascimentos, 4.305 foram de bebés concebidos através de várias técnicas de reprodução assistida.

Observaram também que estas probabilidades variavam consoante o tratamento de procriação medicamente assistida utilizado. Os bebés concebidos por fecundação in vitro (FIV) convencional apresentavam ligeiramente maior probabilidade de ter baixo peso à nascença, de nascerem de parto prematuro e de morte neonatal quando comparados com os bebés concebidos por microinjeção espermática (ICSI). Por outro lado, no caso de bebés concebidos através de embriões congelados, estes riscos diminuíam consideravelmente para o caso dos bebés concebidos por ICSI mas mantinham-se idênticos para o caso dos bebés nascidos por FIV. Em contrapartida observaram que os bebés concebidos a partir de embriões congelados apresentavam maior probabilidade de apresentar macrossomia (peso excessivo ao nascer).

Depois de ler o artigo publicado pelo grupo do Dr. Michael Davies, fiquei um pouco mais descansada porque afinal apesar de existir um aumento da probabilidade de ocorrerem complicações perinatais nos recém nascidos concebidos por tratamentos de procriação medicamente assistida, esse aumento é apenas de 0.6% (e não superior como dava a entender). Por outro lado, tal com diz o Dr. Michael Davies, o estudo engloba nascimentos ocorridos entre 1986 e 2002, ou seja um intervalo de  16 anos em que houve um grande melhoramento na composição dos medicamentos utilizados para induzir a estimulação dos ovários pelo que os seus efeitos secundários são actualmente menores. 

Deixo-vos o link do artigo para o caso de querem aprofundar os dados: artigo científico e o link da notícia que foi publicada pela TVI: notícia TVI
Boas leituras!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Quando o aborto acontece...

Parecia que tudo ia bem, mas afinal o embrião deixou de se desenvolver ... 


O aborto é um acontecimento muito triste e que pode ser muito desgastante para o casal. O casal passa de um estado de euforia total devido ao resultado positivo do teste de gravidez prévio e vê-se confrontado com a notícia de que a gravidez não é evolutiva e que terá que realizar novo tratamento. 

Gosto sempre de pensar no lado positivo das coisas, e apesar de neste tipo de situações a tristeza ser algo que pode demorar a passar, é importante que o casal pense que algo positivo aconteceu, que afinal foi possível o embrião desenvolver-se e implantar no útero e originar uma gravidez. Este é mais um dado para o médico ter em conta no difícil puzzle que pode ser o da resolução bem sucedida do problema de infertilidade. 
Nestas situações, aconselho o casal a seguir, uma vez mais as instruções que o médico assistente lhe der, a fazer uma pausa se assim o desejar e se achar que é pertinente, pedir ajuda a um psicólogo do centro para o ajudar a organizar os seus sentimentos e ideias ....porque a luta continua!!! Não se deixem vencer por um tratamento fracassado. Tentem procurar as respostas para os acontecimentos e quem sabe outro tipo de tratamentos. Se possível não desistam do vosso sonho! O sonho de serem pais! 

Exercício físico durante a gravidez…

Há quem diga que se uma mulher não era assídua dos ginásios antes de engravidar não é depois de grávida que deve iniciar a prática de algum desporto. Contudo, é bom que a mulher se mexa um pouco, por exemplo, caminhar é um óptimo exercício durante a gravidez, sobretudo se for feito ao ar livre e em zonas livres do ambiente poluído dos carros. O simples caminhar pode melhorar a elasticidade da mulher, ajudar a eliminar o stress, a prisão de ventre e a relaxar… No entanto não deve exagerar, faça percursos curtos, tente ir sempre acompanhada e evite grandes esforços.
Por outro lado, se já ia com regularidade ao ginásio, poderá continuar a fazê-lo embora com alguma moderação.

Está provado que a prática de exercício físico durante a gravidez pode também ajudar a melhorar as resistências cardio-respiratória e muscular da futura mãe e ajuda-la a preparar-se para o parto.

Existem centros especializados em ginástica pré-parto os quais recomendo vivamente. Procurem um que esteja perto de casa ou do trabalho, conversem com as vossas amigas, pode ser que elas vos possam indicar algum.

Mas atenção! Não se esqueçam de consultar o vosso médico obstetra antes de realizar qualquer tipo de exercício!

Bons treinos!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Governo quer aumentar em 15% os tratamentos de infertilidade

Li noutro dia o Contrato – Programa para 2014 da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) publicado em Dezembro de 2013 (deixo-vos o link para o caso de o querem ler: Contrato Programa 2014 ACSS). Fiquei contente ao reparar que apesar dos cortes previstos na área da saúde, o Governo define como prioritário o aumento do número de tratamentos de infertilidade para o próximo ano.

Verifiquei que foram aprovadas as seguintes alterações:

1) A possibilidade de realização de tratamentos de 1ª linha (inseminação artificial) até ao limite de 3 ciclos (para cada caso/casal) durante o mesmo ano civil (em 2013 apenas era permitido 1 ciclo por ano);

2) Os tratamentos de indução da ovulação podem ser realizados várias vezes;

3) A possibilidade de realização de um total de 3 tratamentos de 2ª linha (ICSI e FIV) por cada caso/casal durante o mesmo ano civil (em 2013 apenas era permitido 1 ciclo por ano);

4) Os casais que já tenham beneficiado de ciclos de FIV/ICSI ao abrigo deste programa em anos anteriores poderão realizar novos ciclos em 2014 desde que o número total não exceda os 3 ciclos de FIV/ICSI por caso/casal.

De facto são boas notícias!!! Podem ser que para o ano decidam aumentar ainda mais o número de ciclos permitidos! 

Photo: Johannes Jander / Creative Commons license. Trying to get pregnant?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Como escolher um centro para tratamento de infertilidade

A escolha de um centro para realizar um tratamento de infertilidade pode não ser uma tarefa simples. Há várias condicionantes como a questão económica e a logística que podem ser decisivos na escolha final. A selecção do centro deve ser feita de forma criteriosa e devem ser tidos em conta vários aspectos. Importa referir que todos os detalhes são importantes, e é a combinação de todos que irá permitir que o tratamento tenha mais ou menos sucesso. A meu ver os aspectos principais são:
1) Equipa médica. É importante contar com profissionais experientes na área da reprodução medicamente assistida e averiguar qual a disponibilidade destes profissionais para o caso de surgir uma urgência ou uma dúvida. Na consulta com o médico o casal ter à vontade para esclarecer qualquer tipo de dúvida e é importante também que sinta total confiança no seu trabalho. As consultas devem ser pausadas e esclarecedoras.

2) Profissionais de saúde. Os restantes profissionais de saúde (i.e. enfermeiros, auxilares de consulta, psicologo, etc.) devem ser pessoas disponíveis e também eles capazes de esclarecer as dúvidas que lhes dizem respeito.

3) Equipa de biólogos. Será importante ter uma equipa de biólogos com experiência nas várias técnicas de reprodução assistida e também eles deverão estar acessíveis para responder a dúvidas relacionadas com o processo laboratorial.

4) As taxas de gravidez do centro. É importante que estas taxas sejam facultadas pelo médico responsável e que sejam adequadas a cada caso. Por exemplo, se a mulher tem 40 anos, é importante saber quais as taxas de gravidez no centro para a sua faixa etária. Não se deixem iludir por taxas de gravidez globais (que incluem mulheres de todas as idades) e que portanto podem ser mais altas.
5) Equipamentos disponíveis no laboratório. Que técnicas realizam. Há quanto tempo estão disponíveis. Dispõem de técnicas de última geração? Quais as condições do laboratório, é moderno?

6) Logistica. Para a realização dos tratamentos são necessárias várias idas ao centro o que envolve não só alguns custos adicionais com o transporte mas também algumas ausências no trabalho. É importante averiguar se a distância do centro se justifica ou se existe algum centro mais próximo de casa com iguais condições.

7) Questão económica. Estes tratamentos de facto são bastante dispendiosos e muitas vezes os casais apenas têm em conta o valor de um único tratamento. Oxalá que assim fosse, que todos os casais engravidassem no primeiro tratamento que realizam, mas infelizmente tal nem sempre é possível, e dai referir uma vez mais, que é muito importante perguntar pelas taxas de gravidez do centro em questão antes de optar por um centro mais em conta. Vejam também quais são os procedimentos que estão incluídos no tratamento (por exemplo: inclui ecografias? análises clínicas? congelação dos embriões? )

8) Referências de outros casais. De facto é também importante saber qual a impressão de outros casais que realizaram tratamento no centro em questão. Se tiverem oportunidade aproveitem para lhes perguntar como correu o tratamento, como foram atendidos, se
houve alguma queixa, qual o custo total, se estão contentes e claro, qual o resultado final do tratamento…

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

GÉMEOS NASCEM COM 1 ANO DE DIFERENÇA...

Ontem enquanto vestia os meus meninos ia dando uma espreitadela na televisão para ficar a par das notícias. Eis senão quando ouço a notícia:  irmãos gémeos nascem em anos diferentes. Como tenho o radar apurado e tudo o que diz respeito a crianças e maternidade me interessa, tentei apressar a minha tarefa de colocar a fralda no mais novo, enquanto ia pensando ... mas que raio de título de notícia seria aquele… fiquei intrigada… será que os pais tinham congelado embriões… e um deles tinha sido transferido antes e só depois do nascimento iriam transferir o outro... mas nesse caso os bebés não seriam gémeos… só depois me lembrei que já estávamos num novo ano e que portanto o que teria acontecido é que um dos bebés nasceu em 2013 e o outro uns minutos mais tarde em 2014!!! Realmente, os jornalistas por vezes colocam uns títulos nas notícias muito chamativos, de tal forma que conseguem captar a atenção mesmo daqueles que estão em tarefas que exigem máxima concentração como a simples troca de uma fralda! 

De qualquer forma achei este acontecimento curioso e não quis deixar partilhar a notícia, este é o link:




DICAS PARA ENGRAVIDAR EM 2014…

Vi um artigo no site da revista pais & filhos do Brasil que me pareceu interessante:

10 ATITUDES PARA QUEM QUER ENGRAVIDAR EM 2014:

Resumidamente as 10 dicas são:
1) Check up completo da mulher;
2) Participação masculina;
3) Cuidado com os medicamentos;
4) Ácido fólico;
5) Comer, comer, comer;
6) Cuidado com as drogas;
7) Namore muito e tenha relações sexuais;
8) Relógio biológico;
9) Reprodução assistida;
10 Hábitos saudáveis.


De facto muitos casais decidem aumentar a família mas muitas vezes não se preocupam em fazer uma avaliação prévia do seu estado de saúde. É importante consultar um especialista pois poderá ser necessário a mulher fazer algum tipo de medicação (como é o caso do ácido fólico que deverá ser tomado meses de engravidar e também verificar se a mulher está imune à rubéola, caso contrário será indicado fazer a vacinação antes de engravidar). É também importante que o homem tenha um papel activo nesta fase, e também ele deverá cuidar do seu estado de saúde. Caso o casal esteja a tentar engravidar há algum tempo, será aconselhável o homem fazer uma avaliação da qualidade seminal (espermograma) e quem sabe até tomar alguma medicação (exemplo dos antioxidantes) para melhorar a qualidade do sémen. Aconselho-vos que a análise do sémen seja feita num laboratório/ centro especializado em reprodução medicamente assistida.

Os cuidados com a alimentação da futura mãe também são importantes, e o excesso de peso deverá ser evitado a todo o custo, já que pode dificultar uma possível gravidez. Caso a mulher tenha que perder muito peso será conveniente consultar um nutricionista para que seja vigiada e para que a dieta não possa comprometer a sua saúde.

A estes 10 tópicos, eu acrescentaria um último:

11) Relaxem … tentem não pensar muito no assunto, namorem muito, não informem todos os vossos amigos dos planos de aumentar a família pois caso contrário eles vão estar constantemente a perguntar se já o conseguiram (afinal são vossos amigos ....) …. e não fiquem preocupados se não engravidarem nos primeiros 3 meses …

Deixo-vos o link para que leiam com mais detalhe o artigo, espero que gostem!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Qual a idade biológica ideal para ter filhos?

Hoje em dia os casais atrasam cada vez mais o nascimento do primeiro filho e quando finalmente decidem aumentar a família muitas vezes, devido à idade avançada, torna-se necessário recorrerem a tratamentos de procriação medicamente assistida.

Para a mulher, a idade biológica ideal para ter filhos é dos 19 aos 34 anos, sendo a época mais fértil dos 19 aos 26 anos (estima-se que a probabilidade de gravidez em cada ovulação, durante este período é de aproximadamente 50%). A partir dos 26 anos a fertilidade vai descendo muito lentamente até aos 34, e nesta fase etária a taxa de gravidez é de aproximadamente 40%. Por volta dos 35 anos a qualidade dos ovócitos começa a piorar e as probabilidades de gravidez são cada vez mais baixas (aproximadamente 30%) além de que as possibilidades de ocorrerem complicações durante a gravidez também aumentam (por exemplo, pré eclampsia, diabetes) e o risco de parto prematuro é também maior. Por volta dos 40 anos, pode dizer-se que a probabilidade de gravidez é aproximadamente 20 %. No entanto, devido ao decréscimo da qualidade dos ovócitos nesta fase etária, o risco de aborto e de malformações genéticas é consideravelmente superior. Depois dos 45 anos, a probabilidade de uma mulher engravidar com os seus próprios ovócitos é de 2-5%. Nesta fase etária, aconselha-se a mulher a fazer tratamento de procriação medicamente assistida utilizando ovócitos de dadora.
No caso dos homens, o período ideal para ter filhos é mais alargado e pode ir até aos 45 anos.

Estes dados são meramente indicativos, e o meu conselho é, mais uma vez, que falem com o vosso médico especialista em reprodução humana para saber qual a vossa idade fértil.


#gravidez, #relogiobiologico

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